quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Carol Santiago vence os 100m livre S12 e conquista terceiro ouro nas Paralimpíadas 2024

Quarta-feira também tem pratas do revezamento misto 4x100m livre 49 pontos, com Carol em ação, e de Patrícia Pereira nos 50m peito SB3. Mariana Gesteira leva o bronze nos 100m livre S9

A cada dia que passa, a história do Brasil nas Paralimpíadas fica mais vitoriosa, e Maria Carolina Santiago – ou simplesmente Carol – é uma das grandes responsáveis por isso. Maior campeã da história do país nos Jogos, a nadadora de 39 anos venceu a final dos 100m livre S12 nesta quarta-feira (4) e conquistou seu sexto ouro paralímpico, o terceiro em Paris. Horas depois, voltou às aguas da capital francesa para integrar o revezamento 4x100m livre 49 pontos, que ficou com a prata. O dia ainda teve medalhas de Patrícia Pereira, segunda nos 50m peito da classe SB3, e Mariana Gesteira, bronze nos 100m livre S9.

– Estou muito, muito feliz, satisfeita. São muitas emoções, assim, durante o dia inteiro. Está sendo uma competição intensa, maravilhosa e, gente, só tenho a agradecer por tudo isso que eu estou vivendo agora – disse Carol, logo após a conquista do ouro.

A vencedora dos 100m livre S12 já tinha avançado à final com o melhor desempenho das eliminatórias (1min00s50). Favorita, a brasileira dominou a decisão do início ao fim e se sagrou campeã com o tempo de 59s30. Anna Stetsenko, da Ucrânia, fez 1min00s39 e ficou com a prata. Ayano Tsujiuchi, do Japão, levou o bronze, finalizando a prova em 1min01s05. Para celebrar o resultado, a japonesa deu um abraço em Carol.

Lucilene Sousa foi a outra representante brasileira na final dos 100m livre S12, destinada a atletas com deficiência visual pequena, mas ainda assim significativa. A paraense de 24 anos marcou 1min02s47 e terminou em sexto lugar. Ela já tem uma medalha paralímpica na carreira. Em 2021, nos Jogos de Tóquio, conquistou a prata no revezamento 4x100m livre misto 49 pontos.

O ouro nos 100m livre S12 foi o terceiro de Carol Santiago em Paris. Ela também conquistou a medalha dourada nos 100m costas S12 e nos 50m livre S13. Em Tóquio, há três anos, a atleta tinha subido ao lugar mais alto do pódio outras três vezes.

Pouco mais de uma hora após o ouro de Carol, o Brasil voltou à piscina, com duas representantes na final dos 50m peito da classe SB3 – para pessoas com deficiência física significativa. E Patrícia Pereira, que já tinha levado o bronze no revezamento 4x50m livre 20 pontos, conquistou sua primeira medalha nas disputas individuais em Paris (e na história das Paralimpíadas). A nadadora garantiu a prata, com tempo de 58s31. O ouro ficou com a italiana Monica Beggioni (53s25), e a espanhola Marta Fernández Infante ganhou o bronze (58s63).

– Um sonho. Mas ainda preciso melhorar. Tenho muito o que trabalhar agora. Próximo ciclo vai ser mais diferenciado. Se a mente estiver forte, eu vou ficar forte. E minha mente está provando para mim que eu não estou com ela fortalecida o suficiente, mas que eu vou fortalecendo – disse Patrícia, antes de completar:

– (Medalha) Individual é minha primeira de muitas.

Outra brasileira nos 50m peito SB3, Lídia Cruz até largou bem, mas perdeu rendimento ao longo da prova. Terminou na sexta posição, com tempo de 1min04s10. Nascida em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, a nadadora já faturou dois bronzes nas Paralimpíadas de Paris (150m medley SM4 e revezamento 4x50m livre 20 pontos).

A terceira medalha brasileira nesta quarta-feira veio com Mariana Gesteira. Aos 29 anos, a nadadora subiu ao pódio pela segunda vez nas Paralimpíadas de Paris. Depois de levar o bronze nos 100m costas, ela repetiu a dose nos 100m livre da classe S9 – reservada para atletas com deficiência física mínima. Finalizou a prova com tempo de 1min02s22, só atrás da australiana Alexa Leary, que bateu o recorde mundial (59s53), e da estadunidense Christie Raleigh-Crossley, que fez a melhor marca das Américas (1min00s18).

– A briga era pelo terceiro lugar. Então, (o bronze) tem um gostinho de ouro muito especial. Foi a prova que eu nadei melhor, comparado com o meu melhor tempo da vida. É para isso que estou aqui, sabe? Para alcançar esse alto rendimento, e isso me deixa feliz. Me mostra que, mesmo diante de tantas dificuldades, ainda conseguimos performar. Acho que tivemos muita resiliência hoje para disputar a medalha – celebrou Mariana.

Na cerimônia de premiação dos 100m livre S9, a nadadora foi acompanhada pelo técnico Leonardo Miglinas. Portadora da Síndrome de Arnold-Chiari, que afeta coordenação e equilíbrio, Mariana tem autorização para não subir ao pódio sozinha. Ela e o treinador, além de parceiros na profissão, são também amigos fora das piscinas.

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Revezamento ganha a prata 🥈

Na última prova com representantes brasileiros nesta quarta, o revezamento 4x100m livre 49 pontos brilhou. Matheus Rheine, Douglas Matera, Lucilene Sousa e Carol Santiago fizeram uma prova de altíssimo nível e chegaram a liderar durante boa parte do tempo. A Ucrânia reagiu na reta final e ganhou o ouro, com tempo de 3min53s84. Mas o Brasil chegou logo atrás, fechando em 3min56s94. A Espanha completou o pódio (3min57s95).

– O coração bate que nem um tamborzão, porque eu treino com a Lu e com a Carol. Para mim, todo mundo aqui serve de inspiração. Eu treino com elas no dia a dia, e tem o Douglas, que também é um dos meus melhores amigos. Então, aqui está pulsando por todo mundo. É maravilhoso, fantástico, espetacular – vibrou Rheine.

Medalhas do Brasil na natação em Paris

Com os resultados desta quarta, o Brasil chega a 20 medalhas na natação das Paralimpíadas de 2024. Até agora, o país já faturou seis ouros, cinco pratas e nove bronzes.

  1. 🥇 Gabriel Araújo - 100m costas S2
  2. 🥇 Carol Santiago - 100m costas S12
  3. 🥇 Gabriel Araújo - 50m costas S2
  4. 🥇 Gabriel Araújo - 200m livre S2
  5. 🥇 Carol Santiago - 50m livre S13
  6. 🥇 Carol Santiago - 100m livre S12
  7. 🥈 Phelipe Rodrigues - 50m livre S10
  8. 🥈 Wendell Belarmino - 100m livre S11
  9. 🥈 Débora Carneiro - 100m peito SB14
  10. 🥈 Patrícia Pereira - 50m peito SB3
  11. 🥈 Revezamento misto 4x100m 49 pontos
  12. 🥉 Gabriel Bandeira -100m borboleta S14
  13. 🥉 Talisson Glock - 200m medley SM6
  14. 🥉 Revezamento 4x50m livre 20 pontos
  15. 🥉 Lídia Cruz - 150m medley feminino SM4
  16. 🥉 Beatriz Carneiro - 100m peito SB14
  17. 🥉 Mariana Gesteira - 100m costas S9
  18. 🥉 Mayara Petzold - 50m borboleta S6
  19. 🥉 Revezamento 4x100m livre misto S14
  20. 🥉 Mariana Gesteira - 100m livre S9
Fonte: globo.com


terça-feira, 3 de setembro de 2024

 Starlink volta atrás e diz que cumprirá ordem de bloqueio do X no Brasil

A Starlink, empresa de Elon Musk, disse nesta terça-feira (3), que irá cumprir a decisão de bloquear o X no Brasil. A companhia de internet via satélite havia dito que não seguiria a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que ordenou que as operadoras tirassem a rede social do ar.

O bloqueio das contas da Starlink Holding foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, no início da semana passada, em razão do descumprimento de uma série de ordens judiciais pela rede social X.

A plataforma se negou a restringir perfis acusados de atentar contra instituições democráticas, a pagar multas por descumprimento de decisões judiciais e também se recusou a indicar um representante legal no país.

Na decisão que interrompeu o acesso a recursos e transações financeiras da Starlink no Brasil, Moraes considerou que as duas empresas fazem parte do mesmo grupo econômico, chefiado por Musk.

Starlink é uma provedora de internet por satélite, e tem mais de 200 mil usuários em território brasileiro. Logo após o anúncio da decisão, a firma chamou a ordem de "inconstitucional" e afirmou que iria recorrer da decisão.

Fonte: globo.com

 Projeto de rastreamento gratuito de motos no Ceará é enviado à Alece para aprovação; Entenda!


Mais beneficiários poderão ser contemplados mediante publicação de decreto do Poder Executivo Estadual

Governo do Estado enviou, nesta terça-feira (3), para a Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), projeto de lei para criar o programa "Moto Segura Ceará". A iniciativa busca oferecer serviço de rastreamento gratuito para motociclistas que trabalham com entregas ou transporte de passageiros, como Uber Moto e mototaxistas, por exemplo.

A matéria começou a tramitar em regime de urgência, mas não foi colocada em votação no plenário devido ao pedido de vistas do deputado Felipe Mota (União), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), para analisar melhor o texto.

Ainda em agosto, quando anunciou o projeto, o governador Elmano de Freitas declarou que a medida, depois de aprovada pelos deputados, vai ser iniciada por etapas.

"Vamos começar com dois grupos: entregadores que trabalham com moto e mototaxistas. Vamos disponibilizar gratuitamente o equipamento que permite, assim que a moto for furtada ou roubada, acionar a Polícia, que vai rastrear, localizar e prender a pessoa que tenha praticado o furto ou roubo", garantiu.

O que diz o projeto

De acordo com a proposta, o monitoramento será feito pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) para localização da motocicleta em caso de furto ou roubo do veículo. Apesar de ser contínuo, o rastreio só deverá ser verificado pelas forças policiais após a comunicação da ocorrência do crime às autoridades de segurança.  

A proposta também estabelece medidas para que os agentes possam agir de forma célere na restituição do bem. Se a motocicleta furtada ou roubada for localizada dentro de um domicílio residencial, por exemplo, a Polícia fica autorizada a adotar as "providências cabíveis" para apreender e devolver o veículo ao dono, ficando dispensada, inclusive, de ter em mãos mandado judicial para recapturar o bem. Essa medida, no entanto, é válida apenas em situações em que "haja fundadas suspeitas de receptação". Ou seja, nessas circunstâncias, os policiais não precisariam esperar a expedição de um mandado para adentrar o imóvel e apreender a moto. 

O programa faz parte das ações de reforço na Segurança Pública anunciadas pelo governador Elmano de Freitas (PT). Para fazer adesão ao monitoramento, é necessário que o motociclista se inscreva e autorize a instalação do equipamento de rastreio. Para isso, é necessário que o usuário disponibilize chip para tráfego de dados, conforme explicou o líder do Governo no Parlamento Estadual, deputado Romeu Aldigueri (PDT). 

Mais beneficiários poderão ser contemplados mediante publicação de decreto do Poder Executivo Estadual.

Para valer, a medida precisa ser aprovada pelos deputados e, posteriormente, sancionada pelo governador. 

Fonte: Diário do Nordeste

 Empresários e contadores viram réus por 'lavagem' de mais de R$ 10 mi de 'Gegê do Mangue' e 'Paca'

De acordo com a denúncia, acusados participaram de negociações de imóveis e veículos luxuosos. Ministério Público Federal acredita que dinheiro era proveniente do tráfico internacional de drogas

Justiça Federal no Ceará recebeu a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra quatro empresários e dois contadores acusados de participar da lavagem de dinheiro dos líderes de uma facção criminosa paulista, Rogério Jeremias de Simone, o 'Gegê do Mangue', e Fabiano Alves de Sousa, o 'Paca', mortos no Ceará em fevereiro de 2018. Segundo a denúncia, a dupla adquiriu bens avaliados em um total de R$ 10,3 milhões, com o apoio dos seis acusados.

Com a decisão proferida pela 32ª Vara Federal no último dia 23 de abril, viraram réus os empresários Francisco Cavalcante Cidrão Filho, Fernando Soares Farias, João Eudes Alves Aragão e João Bruno Rocha Aragão e os contadores José Cavalcante Cidrão e Magda Enoé Freitas.

defesa dos irmãos José Cidrão e Francisco Cavalcante e de Fernando Farias informa, por nota, "que os seus constituintes não foram citados (informados) da denúncia bem como não sabem ainda do que estão sendo acusados, portanto, se manifestará após tomar ciência dos fatos e do amplo acesso ao procedimento". O advogado de Magda Enoé (esposa de Cidrão) também alega que a cliente não foi citada e se manifestará no momento oportuno.

Os advogados Gustavo Brasilino de Freitas e Henrique Davi de Lima Neto, que representam João Eudes e João Bruno, pai e filho respectivamente, afirmaram que receberam com surpresa a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal. A defesa afirmou que os dois foram ouvidos tanto na Polícia Civil quanto na Polícia Federal e na conclusão das investigações eles sequer foram indiciados.

Fonte: Diario do Nordeste

segunda-feira, 2 de setembro de 2024




A campanha Setembro Amarelo® salva vidas! 

Em 2013, Antônio Geraldo da Silva, presidente da ABP, deu notoriedade e colocou no calendário nacional a campanha internacional Setembro Amarelo®. E, desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM divulgam e conquistam parceiros no Brasil inteiro com essa linda campanha. 

O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a iniciativa acontece durante todo o ano. Atualmente, o Setembro Amarelo® é a maior campanha anti estigma do mundo! Em 2024, o lema é “Se precisar, peça ajuda!” e diversas ações já estão sendo desenvolvidas.

O suicídio é uma triste realidade que atinge o mundo todo e gera grandes prejuízos à sociedade. De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde - OMS em 2019, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados, pois com isso, estima-se mais de 01 milhão de casos. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia. 

 

Embora os números estejam diminuindo em todo o mundo, os países das Américas vão na contramão dessa tendência, com índices que não param de aumentar, segundo a OMS. Sabe-se que praticamente 100% de todos os casos de suicídio estavam relacionados às doenças mentais, principalmente não diagnosticadas ou tratadas incorretamente. Dessa forma, a maioria dos casos poderia ter sido evitada se esses pacientes tivessem acesso ao tratamento psiquiátrico e informações de qualidade. 

Setembro Amarelo® 2024: se precisar, peça ajuda!

Todos nós devemos atuar ativamente na conscientização da importância que a vida tem e ajudar na prevenção do suicídio, tema que ainda é visto como tabu. É importante falar sobre o assunto para que as pessoas que estejam passando por momentos difíceis e de crise busquem ajuda e entendam que a vida sempre vai ser a melhor escolha.

Quando uma pessoa decide terminar com a sua vida, os seus pensamentos, sentimentos e ações apresentam-se muito restritivos, ou seja, ela pensa constantemente sobre o suicídio e é incapaz de perceber outras maneiras de enfrentar ou de sair do problema. Essas pessoas pensam rigidamente pela distorção que o sofrimento emocional impõe. 

 

Se informar para aprender e ajudar o próximo é a melhor saída para lutar contra esse problema tão grave. É muito importante que as pessoas próximas saibam identificar que alguém está pensando em se matar e a ajude, tendo uma escuta ativa e sem julgamentos, mostrar que está disponível para ajudar e demonstrar empatia, mas principalmente levando-a ao médico psiquiatra, que vai saber como manejar a situação e salvar esse paciente.


 

Dados sobre suicídio

 

O suicídio é um importante problema de saúde pública, com impactos na sociedade como um todo. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde - OMS, todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama - ou guerras e homicídios. 

 

Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta causa e morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Trata-se de um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades. 

Segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde divulgado pelo Ministério da Saúde em setembro de 2022, entre 2016 e 2021 houve um aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade de adolescentes de 15 a 19 anos, chegando a 6,6 por 100 mil, e de 45% entre adolescentes de 10 a 14 anos, chegando a 1,33 por 100 mil.

 

As taxas variam entre países, regiões e entre homens e mulheres. No Brasil, 12,6% por cada 100 mil homens em comparação com 5,4% por cada 100 mil mulheres, morrem devido ao suicídio. As taxas entre os homens são geralmente mais altas em países de alta renda (16,6% por 100 mil). Para as mulheres, as taxas de suicídio mais altas são encontradas em países de baixa-média renda (7,1% por 100 mil).

 

Em países da Europa, houve um declínio nas taxas de suicídio e observou-se um aumento dessas taxas em países do Leste Asiático, América Central e América do Sul.

 

Embora alguns países tenham colocado a prevenção do suicídio no topo de suas agendas, muitos permanecem não comprometidos. Atualmente, apenas 38 países são conhecidos por terem uma estratégia nacional de prevenção do suicídio. 


 

Participe da campanha!

 

Esta é uma página completa com material disponível para auxiliar a todos. Assim sendo, aproveite os nossos materiais e participe da nossa campanha durante todo o ano.

São diversos materiais de uso público: Diretrizes para a Divulgação e Participação da Campanha Setembro Amarelo®, materiais online para download, a Cartilha Suicídio Informando para Prevenir e todo o material para a imprensa.

 

Participe conosco, divulgue a campanha entre os seus amigos e nos ajude a salvar vidas!


Fonte: https://www.setembroamarelo.com/



terça-feira, 27 de agosto de 2024

 Campanha da Fraternidade 2025

Foi lançada a campanha da fraternidade 2025, com o tema: "Fraternidade e Ecologia Integral" e o Lema: "Deus viu que tudo era muito bom" (Gn:1,31).



Fonte: CNBB

Conheça a bola criada por crianças que virou sinônimo de esperança em campo de refugiados na África

Garotos produzem bolas com materiais recicláveis e tentam vendê-las para gerar renda e melhorar realidade; reportagem do ge esteve no Malawi e apresenta como o esporte está inserido no dia a dia das pessoas que vivem no campo de refugiados Dzaleka.


Em uma viela de terra, restos de plástico e pano vão sendo enrolados em uma bexiga por pequenas mãos habilidosas. Uma corda fina dá o acabamento final, e uma seringa é improvisada para encher a bola. Quando ela fica pronta, as crianças, responsáveis pela produção, logo começam chutá-la pelas ruas do campo de refugiados Dzaleka, no Malawi, na África.

A criatividade mostra o potencial dos garotos. O capricho na confecção ilustra o quanto a bola de futebol é importante para eles. A reportagem do ge esteve no campo de refugiados Dzaleka e viu que ela é mais do que um objeto de diversão. É vista como um instrumento para realizar sonhos. Ser jogador de futebol pode ser o principal deles. Mas essas crianças também passaram a enxergar a bola como um meio de gerar renda e, consequentemente, melhorar a realidade.

Desde o início deste mês, estão produzindo bolas em maior quantidade para vendê-las. Foram incentivadas por uma fotógrafa do Rio de Janeiro, que visitou o campo de refugiados em julho deste ano como voluntária da Fraternidade Sem Fronteiras, uma organização humanitária brasileira que atua no local.

Míriam Ramalho viu a produção das bolas enquanto andava pelo campo e ficou admirada com o talento dos garotos, com idades entre 11 e 12 anos. Como forma de reconhecer o trabalho e incentivar o potencial criativo que possuem, encomendou duas bolas. Fato que surpreendeu eles.

– Perguntei quanto era e eles levaram um tempo para dar o justo valor. Em seguida, disseram que eram duas mil kwachas (equivalente a quase R$ 6). Elogiei o trabalho, fiquei com as duas bolas e paguei com uma nota de cinco mil kwachas. Como um raio, vi os dois moleques correndo e gritando com o dinheiro na mão. Parecia que tinham ganhado a Copa do Mundo de futebol. Não consegui nem fazer mais fotos – contou.

Míriam pensou que a bola poderia gerar renda aos garotos se fosse vendida nas feiras locais. Outros voluntários que estavam com ela no Malawi souberam da história e se uniram para ajudar as crianças a começarem empreender na produção das bolas.

Os garotos se animaram com a possibilidade e a ideia começou a ganhar forma. Evaldo José Palatinshy, diretor da Ubuntu Nation School (escola da Fraternidade Sem Fronteiras no Malawi), organizou uma campanha que arrecadou recursos para dar início à fabricação das bolas para venda.

Eles vieram com as bolas. Pensei: “isso não pode parar aqui”. É um sentimento de empreendedorismo, essa vontade de sair deste lugar, a intenção de transformar essas bolas em uma fonte de receita para eles, para as famílias. Resolvemos fazer uma campanha. Vender essas bolas simbolicamente por R$ 10 e, com esse dinheiro, para montar uma estrutura para eles começarem a trabalhar nisso. A ideia é tentar melhorar a qualidade das bolas, usar um material reciclável que seja mais resistente. Vamos trabalhar nesta direção – afirmou.

No campo de refugiados Dzaleka, o ge presenciou não apenas a produção das bolas, mas também conheceu a realidade do local e viu como o esporte está inserido no dia a dia das pessoas que buscaram refúgio neste campo. Há campeonatos locais de futebol e uma escola que incentiva a prática de diversas modalidades esportivas. Conheça abaixo.

O Malawi está localizado no sudeste da África, ao lado Moçambique, Zâmbia e Tanzânia. De acordo com o balanço de 2024 do Fundo Monetário Internacional (FMI), é o sétimo país mais pobre do mundo, com Produto Interno Bruto (PIB) per capita de 1.711,84 dólares. A nação mais pobre do mundo, segundo o FMI, é o Sudão do Sul, também no continente africano, com PIB per capita de 455,1 dólares.

Fonte: globo.com