Economia
Com rotina exaustiva e sem reajustes, entregadores de plataformas dizem ganhar até 3 vezes mais em Fortaleza
Por volta das 13 horas, o motorista Alexsandro Fialho já está posicionado nas proximidades de um galpão logístico em Itaitinga, Região Metropolitana de Fortaleza, para iniciar mais uma longa jornada de trabalho: uma rota de 35 a 45 paradas para entregas de compras feitas pela internet, em uma plataforma de marketplace.
A rotina é essa há pouco menos de um ano. Antes de ingressar no ramo, Alexsandro trabalhava em uma concessionária de energia. Certo dia, navegando pela rede social TikTok, se deparou com um vídeo no qual uma pessoa explicava a possibilidade de trabalhar com entregas para plataformas como Mercado Livre, Shopee e Amazon.
Foi aí que surgiu o interesse e, após responder a um questionário, ele foi aprovado e passou a ser motorista parceiro. “O passo seguinte é assistir aos cursos sobre a rotina. Na semana seguinte, você já é escalado para começar”.
Apesar dos percalços que a atividade de dirigir por Fortaleza e região metropolitana impõem, como custo do combustível — a principal dificuldade, segundo Alexsandro, precariedade das vias e outros perigos, o trabalho vale a pena. “Hoje, ganho três vezes mais (do que ganhava na concessionária de energia). Desse ramo, não saio mais”.
Além da possibilidade de garantir uma renda maior, Alexsandro também reforça que é possível fazer a própria rotina, já que o horário não é exatamente fixo. De acordo com ele, há dois horários de retirada de encomenda: de madrugada, às 4 horas, e à tarde (13 horas), podendo o entregador escolher um desses turnos.
“Você é seu patrão. Essa é a principal e a mais importante vantagem. Dela vem inúmeras outras vantagens”, avalia o motorista. Para exercer o ofício na plataforma com a qual ele trabalha, é preciso se inscrever como Microempreendedor Individual (MEI) em algumas Cnaes (Classificação Nacional de Atividades Econômicas), específicas.
De acordo com a Junta Comercial do Ceará (Jucec), há 29.827 MEIs ativos em atividades relacionadas à entrega de mercadorias no Estado.
Fonte: Diario do Nordeste
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