quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Time indígena dos Jogos Escolares usa adereços e tem pintura corporal

Equipe de futsal feminino de Tocantins sai do estado pela primeira vez para uma competição. Elas se classificaram vencendo as atuais campeãs brasileiras


Os Jogos Escolares da Juventude guardam muitos personagens de todos os estilos. No futsal feminino, a equipe do Tocantins tem uma especificidade. As nove meninas da etnia Xerente estudam na mesma escola, mas são de diferentes aldeias indígenas (Funil, Salto e Porteira). E mantêm sua cultura. Em Fortaleza, entraram em quadra com o corpo pintado e ainda usam colares e brincos típicos de suas aldeias quando não estão com a bola nos pés.
A equipe do Colégio Estadual Cemix Warã, de Tocantínia (município distante 76km da capital Palmas), classificou-se para os Jogos Escolares da Juventude deste ano ao vencer as atuais campeãs da competição, que eram do mesmo estado. E o placar não foi apertado: 4 a 0 para as meninas indígenas.
A pintura corporal significa respeito ao próximo. É feita com tinta extraída do jenipapo. Ao ser aplicada ao corpo, é necessário esperar horas para que a tintura seque e as marcas fiquem. Nem todas estão com a pintura flagrante. Em algumas, as marcas estão quase apagadas.

- Tem que passar no corpo e esperar secar para ficar preto assim. Não sai com água. Sai, mas só depois de muito tempo, umas duas semanas, talvez. Essa pintura simboliza respeito com o adversário. Por isso jogamos assim - explica Letícia Hirekê Xerente, artilheira do time com quatro gols marcados.
Esta é a segunda vez que Letícia participa dos Jogos Escolares da Juventude. Na edição de Londrina, em 2014, ela integrou o time de handebol da Escola Cefya Frei Antônio (TO), quando foram vice-campeãs
Tudo novo
O técnico Wesley Martins acompanha as meninas desde antes da competição nacional. Ele explicou que elas, no primeiro dia em solo cearense, ficaram impressionadas com o lugar, recém-descoberto.

- Muitas delas nunca tinham ido nem a Palmas. É uma oportunidade de ouro para elas. Tudo isso aqui é muito novo. Elas estavam bem mais nervosas no primeiro jogo, mas agora já estão mais tranquilas - explicou.
As jogadoras são tímidas fora de quadra, arrancar palavras delas é difícil. Dentro de quadra, altos e baixos. O primeiro jogo, contra a equipe do Maranhão, mostrou um time entrosado, de fácil toque de bola. Aos poucos, construíram um tranquilo 6 a 2 no placar. No entanto, o segundo compromisso, contra a equipe do Mato Grosso, complicou a vida das meninas. Nervosas em quadra, deixaram se envolver pelo toque de bola adversário e sofreram no placar: 9 a 1
Fonte: http://globoesporte.globo.com/ce

Remédio contra esclerose múltipla será fabricado no Brasil




Fonte: http://radioagencianacional.ebc.com.br

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Metade das empresas fecha as portas no Brasil após quatro anos, diz IBGE






Mais da metade das empresas fundadas no Brasil fecha
as portas após
quatro anos de atividade, segundo a pesquisa Demografia
 das Empresas,
realizada pelo IBGE e divulgada na manhã desta sexta-feira (4).
Das 694 mil empresas que nasceram em 2009,
apenas 47,5% ainda estavam em funcionamento em 2013.
 Após o primeiro ano de funcionamento, 
158 mil fecharam as portas, segundo a pesquisa.
"Sabemos que 2009 foi um ano crítico de pós crise na
economia e que uma parte das empresas teve mau desempenho.
Mas o estudo não aprofundou essa avaliação",
disse Francisco Marta, pesquisador do IBGE e gerente da pesquisa.
Abrir um negócio e eventualmente fracassar é da vida de empreendedores.
Apostas erradas, planos de negócios ruins, erros na administração fazem
 parte do risco de quem cria uma empresa a partir do zero.
O estudo não entra em detalhes sobre os motivos para o fechamento de tantas
empresas, mas problemas como excesso de burocracia e carga tributária são com
frequência apontados como obstáculos no Brasil.
Segundo Doing Business, relatório de competitividade do Banco Mundial,
uma empresa de São Paulo dedica 2.600 horas por ano para pagar impostos.
A média dos países da América Latina é 365 horas.
A capacidade de sobrevivência das empresas brasileiras depende,
claro, do ramo de atuação e mesmo do porte de cada companhia, revela a
pesquisa do IBGE.
As empresas que têm mais funcionários tendem a ter uma taxa mais alta
de sobrevivência. O motivo é simples: é mais custoso para o empresário
fechar uma empresa que tenha muitos funcionários.
Além disso, um parcela das empresas sem funcionários representa,
na verdade, apenas uma forma de pessoas físicas prestarem serviços a empresas.
Neste caso, a empresa pode eventualmente durar somente no período em
que o serviço for prestado.
A sobrevivência das empresas sem pessoal ocupado fundadas em
2009 era de apenas 40,9% em 2013. Esse percentual subia para 76,7% entre
as empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas.
Das atividades com menor taxa de sobrevivência após quatro anos
de atividades está o grupo comércio, reparação de veículos automotores e
 motocicletas. Entre as empresas
fundadas em 2009, apenas 46% estavam em atividade em 2013.
Já entre as atividades que mais persistem estão os setor de saúde humana e
serviços sociais e de atividades imobiliárias, com taxas de 61,6% e 58,9%,
respectivamente, segundo a pesquisa divulgada pelo IBGE.
Em 2013, 696 mil empresas se tornaram inativas, ou seja, saíram do mercado,
segundo o IBGE. Porém, outras 871,7 mil entraram no mercado, entre nascidas
(criadas no próprio ano) e reentradas (após ficar um ano ou mais fechadas).
O país tinha assim 4,8 milhões de empresas ativas em 2013.
Desse total, 81,7% eram sobreviventes (com mais de um ano de operação).
O restante são as empresas
que entraram no mercado no ano passado.
O estudo do IBGE divulgado nesta sexta-feira é, evidentemente, um olhar pelo
espelho retrovisor. Com a recessão em curso na economia, a expectativa é
que mais empresas fechem as portas no país neste ano do que no passado.
Segundo dados do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC),
administrado
 pelo Boa Vista, os pedidos de falência tiveram alta de 9,2%
no primeiro semestre
de 2015 em comparação com o mesmo período de 2014.
 A recuperação judicial
cresceu 17,2%.