Quem é coronel Aginaldo, marido de Carla Zambelli que deixou
Secretaria de Segurança de Caucaia.
Conhecido por integrar governo Bolsonaro, Aginaldo chegou a
concorrer ao cargo de prefeito em Caucaia antes de ser nomeado como secretário
de segurança.
Com cargo na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro e casado
com a deputada federal Carla Zambelli,
coronel Aginaldo foi exonerado
do cargo de secretário municipal de segurança pública de Caucaia, na
região metropolitana de Fortaleza. A
esposa dele é considerada
fugitiva da Justiça brasileira.
A exoneração do secretário do cargo foi publicada no Diário
Oficial do Município nesta segunda-feira (30). Ele ocupava a função desde
janeiro de 2025.
No último dia 21 de maio, Aginaldo já havia pedido
afastamento do cargo de secretário de segurança pública de Caucaia,
alegando “doença em pessoa da família”, conforme o Diário Oficial de Caucaia
publicado na data.
O oficial se casou com a política Carla Zambelli em fevereiro
de 2020, em um templo maçônico de Brasília. A cerimônia reuniu alguns dos
principais ministros do governo Bolsonaro, e o casal teve Sérgio Moro como
padrinho.
Natural da cidade cearense de Alto Santo, Antonio Aginaldo de
Oliveira tem 57 anos e atuou por mais de 30 anos na Polícia Militar do Ceará.
Durante a carreira militar, o coronel atuou na coordenação de
grandes eventos, como a Copa do Mundo de 2014, as Olimpíadas e Paraolimpíadas
de 2016, além de participar de operações de combate ao narcotráfico nas
fronteiras com o Paraguai e a Bolívia.
Ele utiliza o título de “caveira”, conferido aos policiais
que concluem o curso de Operações Especiais no Batalhão de Operações Policiais
Especiais (BOPE). No Rio de Janeiro, Aginaldo finalizou em 1995 a formação
voltada para atuar em situações de alto risco e complexidade.
O oficial também tem graduação em Educação Física pela Escola
de Educação Física do Exército Brasileiro, além de ser bacharel em Segurança
Pública pela Academia Edgard Facó, da Polícia Militar do Ceará.
Em 2019, coronel Aginaldo assumiu o comando da Força
Nacional durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em março do ano seguinte, Aginaldo
elogiou os policiais que participavam de motim no Ceará momentos
antes de votarem pelo fim da paralisação, que durava 13 dias. O então
comandante da Força Nacional discursou no 18º Batalhão da Polícia Militar, em
Fortaleza.
"Vocês são gigantes, vocês são monstros, vocês são
corajosos. Demonstraram isso ao longo desses 10, 11, 12 dias que estão aqui
dentro desse quartel, em busca de melhoria da classe, e vão conseguir",
afirmou Aginaldo à época.
Aginaldo defendeu que os policiais votassem pelo fim do
motim, resultado que foi alcançado naquela ocasião.
O comandante havia sido deslocado para atuar no Ceará depois
que o então governador Camilo Santana pediu reforços da Força Nacional e do
Exército por conta da redução de policiais militares nas ruas.
Nas eleições de 2022, o militar concorreu ao cargo de
deputado federal pelo Ceará, com filiação ao PL, mesmo partido de Bolsonaro. Ele recebeu 23,2 mil
votos e não foi eleito.
Em 2024, Aginaldo se candidatou ao cargo de prefeito de
Caucaia e
recebeu o apoio público de nomes como o de Bolsonaro, dos deputados federais
Nikolas Ferreira, Carla Zambelli e Zé Trovão, do senador Magno Malta e do então
candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal.
No primeiro turno, coronel Aginaldo teve apenas 12,24% dos
votos válidos, ficando em quarto lugar.
Ele declarou apoio ao candidato
Naumi Amorim (PSD), que venceu a disputa no segundo turno. Naumi
anunciou, no mês de dezembro, que o militar assumiria a pasta da segurança
pública em Caucaia.
Em junho deste ano, a
deputada federal foi condenada à prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Ela viajou
ao exterior no fim de maio, dias após ter sido condenada. Considerada
fugitiva da Justiça, Zambelli decidiu se afastar do mandato. Ela é alvo de um
inquérito no STF que investiga a fuga.
A investigação foi aberta pelo ministro Alexandre de Moraes e
apura possíveis crimes de coação no curso do processo e de obstrução de
investigação. Ela foi condenada à prisão e à perda do mandato, por unanimidade,
pela Primeira Turma da Corte.
Zambelli é apontada como responsável por articular invasão e
inserção de documentos falsos em sistemas do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ). O nome dela foi incluído na lista
de difusão vermelha da Interpol, onde estão os foragidos internacionais.
Fonte: https://g1.globo.com
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