quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Ceará ocupa a 11ª posição entre as piores estradas do País, aponta CNT

O Estado teve 25% das estradas avaliadas como ruins ou péssimas, de 3.523 quilômetros de extensão analisados. Um total de 3.523 km foi avaliado

As rodovias estaduais e federais que cortam o Estado do Ceará ocupam a 11ª posição entre as piores do País. O levantamento foi divulgado ontem na 18ª Pesquisa CNT de Rodovias 2014, realizada pela Confederação Nacional de Transportes (CNT). Um total de 25% das estradas federais e estaduais do Ceará foi classificado como sendo, de maneira geral, ruim ou péssimo. A avaliação considerou os 26 Estados e o Distrito Federal.

A pesquisa compreende as condições de toda a malha federal pavimentada e, nas malhas estaduais, dos trechos mais relevantes para o transporte de cargas e de passageiros. O Estado ocupa 20º colocação quando a avaliação passa a ser dar melhores estradas do Brasil. Foram considerados os seguintes aspectos para a catalogação: tipo de rodovia, condição da superfície de pavimento, condição da faixa central, condição das faixas laterais, placas de limites de velocidade, placas de indicações, visibilidade e legibilidade das placas. Além disso, também foram avaliados se as rodovias possuíam estrutura de apoio, como borracharia, restaurantes e lanchonetes, concessionária e oficina mecânica, além de postos de combustíveis.

Entre os estados com melhor classificação, São Paulo ficou na primeira colocação, com 78,4% de estradas avaliadas como possuindo boas ou ótimas condições. Entre as regiões do País, o Sudeste atingiu 51,8% de rodovias melhor classificadas. O Nordeste conquistou 34,6% das estradas como boas ou ótimas.

Nesta 18ª edição, foram pesquisados 98.475 km, um acréscimo de 1.761 km (1,8%) em relação ao ano passado. Algumas cidades possuem, como o Acre, na Região Norte, tanto condições ruins e péssimas de suas estradas como apenas 4,3% de rodovias consideradas ótimas e boas.

A pesquisa auxilia estudos para que as políticas do setor de transporte, projetos privados, programas governamentais e atividades de ensino e pesquisa possam se transformar em ações que promovam o desenvolvimento do transporte rodoviário de cargas e de passageiros.

Os valores autorizados pela União para investimento em infraestrutura de transporte, conforme dados do Portal do Orçamento Siga Brasil, do Senado Federal, aumentaram mais de quatro vezes. Passaram de R$ 3,6 bilhões, em 2003, para R$ 16,2 bilhões em 2013,, o que representa um crescimento real de 159,5% dos recursos disponibilizados.

Ao longo desses dez anos, mais de 69,8% do total autorizado pelo Governo Federal para investimento em infraestrutura de transporte foi destinado às rodovias, principal via de deslocamento de cargas e passageiros no Brasil, segundo informações da CNT. Considerando os recursos autorizados para 2014, a União destinou R$ 16,8 bilhões para o transporte, dos quais Cerca de 70% desse valor (R$ 11,9 bilhões) estão reservados para a infraestrutura rodoviária.

O POVO entrou em contato com a assessoria de imprensa do Departamento Estadual de Rodovias (DER) no início da noite de ontem, mas a assessoria de imprensa informou que o titular da pasta estava viajando. A cidade em que o superintendente Sérgio Azevedo estava não tinha cobertura para telefone celular.

Melhores classificados - Estradas com melhor avaliação

São Paulo 78,4%
Rio de Janeiro 61%
Alagoas 50,3%
Paraná 49,3%
Distrito Federal 47,4%
Rio Grande do Norte 45,5%
Santa Catarina 40,3%
Espírito Santo 40,1%
Bahia 39,9%
Paraíba 39,9%
Piauí 38,9%
Mato Grosso do Sul 38%
Sergipe 37,3%
Goiás 36,9%
Rondônia 34,5%
Minas Gerais 34%
Pernambuco 28,7%
Maranhão 29,2%
Roraima 28,2%
Ceará 23,5%
Tocantins 20,9%
Mato Grosso 14,7%
Amapá 14,2%
Pará 10,4%
Amazonas 6,7%
Acre 4,3%

Ranking Nordeste

Alagoas 50,3%
Rio Grande do Norte 45,5%
Bahia 39,9%
Paraíba 39,9%
Piauí 38,9%
Sergipe 37,3%
Pernambuco 28,7%
Maranhão 29,2%
Ceará 23,5%

Piores classificados - Estradas com pior avaliação

Nordeste 25,9%
Sergipe 33,7%
Maranhão - 35,4%
Pernambuco - 30,5%
Paraíba - 28%
Rio Grande do Norte - 26,4%
Ceará - 25%
Alagoas - 22%
Bahia 21,4%
Piauí - 18,3%

Brasil:

Distrito Federal 3,7%
Mato Grosso do Sul 14,3%
Rio Grande do Sul 15,5%
Rio de Janeiro 15,8%
Paraná 17,5%
Piauí 18,3%
Goiás 18,6%
Bahia 21,4%
Alagoas 22%
Ceará 25%
Santa Catarina 25,4%
Minas Gerais 25,7%
Rio Grande do Norte 26,4%
Paraíba 28%
Espírito Santo 29,2%
Pernambuco 30,5%
Sergipe 33,7%
Amapá 33,8%
Maranhão 35,4%
Roraima 39,6%
São Paulo 4,1%
Mato Grosso 41,4%
Amazonas 43,5%
Tocantins 43,9%
Pará 59,9%

Fonte: O povo

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