Ministro Márcio França sugere ao Governo Federal
compra de pescados do Ceará que iriam para os EUA
Iniciativa de aquisição de alimentos
beneficiaria sobremaneira o Ceará, que é um grande exportador de pescados para
o país norte-americano
O ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de
Pequeno Porte, Márcio França, sugeriu ao Governo Federal medida para mitigar os
efeitos do tarifaço sobre os pequenos empreendedores que exportam para os Estados Unidos.
A ideia é que os alimentos que iriam para os EUA e devem sofrer
com a sobretaxa sejam adquiridos pelo Governo Federal e distribuídos no mercado
nacional, a preços mais baixos, ou disponibilizados na rede pública. Com isso,
esses pescados cearenses poderiam, por exemplo, ser inseridos na merenda
escolar.
Durante o "Bom Dia, Ministro", programa da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), o
titular da Pasta, Márcio França, falou à Rádio Verdinha 92.5 sobre essa possibilidade e citou o caso do Ceará como exemplo.
De acordo com
levantamento do Observatório da Indústria com base em dados do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), cerca de oito em cada
dez pescados do Ceará que são exportados têm como destino os Estados Unidos.
Esse dado, inclusive, está em documento apresentado ao vice-presidente Geraldo
Alckmin em reunião entre governo estadual,
governo federal e empresários cearenses.
Durante
a reunião de terça-feira (29), a possível compra de alimentos foi discutida,
mas o tom ainda é de espera pelo dia 1º de agosto, quando o tarifaço deve
entrar em vigor.
Governo calcula custo da medida
Questionado
pela coluna sobre a viabilidade de inserção desses alimentos na rede pública e
se já haveria cálculos sobre quanto o governo desembolsaria na ação, Márcio
França afirmou que não seria apenas a distribuição na merenda, mas que esse
alimento poderia ser distribuído no mercado com valor subsidiado.
"Não há esse cálculo exato, é o que o Alckmin está fazendo
nesse instante. O vice-presidente está encarregado dessas contas todas de
quanto precisaria de recurso para fazer esse subsídio e em quais áreas",
afirmou o ministro. Ele também destacou que certamente serão buscados novos
caminhos para escoar as exportações cearenses, abrindo novos mercados
internacionais.
Fonte: Diário do Nordeste