quarta-feira, 8 de abril de 2015

Shell acerta compra da BG Group por US$70 bi


A maior fusão deste ano dará à Shell acesso às operações multibilionárias da BG no Brasil, leste da África, Austrália, Cazaquistão e Egito

A Royal Dutch Shell fechou acordo para comprar a rival de menor porte BG Group por 70 bilhões de dólares na primeira grande fusão no setor de petróleo em mais de uma década, reduzindo a diferença frente à líder de mercado, a norte-americana ExxonMobil, após uma queda dos preços da commodity.
A anglo-holandesa Shell fará o pagamento em dinheiro e ações, avaliando cada ação da BG em cerca de 1,35 pence, disseram as companhias de energia nesta quarta-feira. Trata-se de um prêmio de cerca de 52% sobre a média de negociação de 90 dias da BG, o que estabelece um padrão alto para quaisquer eventuais ofertas rivais.
A maior fusão deste ano dará à Shell acesso às operações multibilionárias da BG no Brasil, leste da África, Austrália, Cazaquistão e Egito. Elas incluem alguns dos mais ambiciosos projetos de gás natural liquefeito do mundo.
Costurado pelo presidente-executivo da Shell, Ben van Beurden, e pelo presidente do Conselho da BG, Andrew Gould, o acordo vem após a forte queda dos preços do petróleo desde junho, estabelecendo um prêmio maior sobre o acesso a reservas provadas do que sobre exploração.
"Estávamos procurando algumas oportunidades, com a BG estando sempre no topo da lista das empresas com as quais queríamos nos combinar", disse Van Beurden, da Shell, em teleconferência.
"Temos dois portfólios muito fortes que se combinam globalmente em águas profundas e sistema de gás integrado".
A Shell disse que o acordo irá ampliar suas reservas de petróleo e gás em 25%. A empresa também planeja aumentar as vendas de ativos para 30 bilhões de dólares entre 2016-2018 após o acordo.
A britânica BG tem um valor de mercado de 46 bilhões de dólares segundo o patamar de fechamento de terça-feira, e a Shell é avaliada em 202 bilhões de dólares, enquanto a Exxon, a maior petroleira em valor de mercado do mundo, era avaliada em 360 bilhões de dólares.
Van Beurden disse que a presença das duas grandes empresas em Austrália, Brasil, China e na União Europeia pode requerer conversas detalhadas com autoridades antitruste, mas que é improvável que leve a uma venda de ativos forçada.
A queda dos preços do petróleo após o boom do gás de xisto nos Estados Unidos e uma decisão da Arábia Saudita de não reduzir a produção criou um ambiente similar ao da virada do século, quando muitas fusões ocorreram.
Na ocasião, a BP adquiriu a rival Amoco and Arco, a Exxon comprou a Mobil e a Chevron se fundiu com a Texaco

Fonte: Diário do Nordeste

Correios: serviços 9,32% mais caros


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De acordo com os Correios, as novas tarifas não se aplicam ao segmento de encomendas e marketing direto
FOTO: MIGUEL PORTELA
Brasília. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, autorizou um reajuste linear de 9,329% dos serviços postais e telegráficos, nacionais e internacionais, prestados exclusivamente pelos Correios. A portaria foi publicada ontem (7), no Diário Oficial da União. O preço de cada serviço será definido pelo Ministério das Comunicações. Qualquer outro reajuste de tarifas "somente poderá ser implementado depois de decorridos 12 meses, no mínimo", informa a portaria.
Com o reajuste, uma carta comercial de até 20 gramas poderá custar R$ 1,41, conforme o que for decidido pelo Ministério das Comunicações. Um telegrama nacional pré-pago emitido na agência poderá custar R$ 8,50, por página, conforme tabela publicada em anexo à portaria.
Segundo os Correios, o primeiro porte da carta não comercial, por exemplo, terá o valor corrigido de R$ 0,85 para R$ 0,95. Para telegrama nacional redigido pela internet, a tarifa passa de R$ 5,37 para R$ 5,87, por página. A tarifa da carta social permanece inalterada em R$ 0,01. Os Correios informam que os serviços são reajustados com base na recomposição dos custos repassados à empresa, como o aumento dos preços dos combustíveis, os contratos de aluguel, transportes, vigilância, limpeza e os salários dos empregados. O último reajuste ocorreu em junho de 2014.
As novas tarifas dos serviços não se aplicam ao segmento de encomendas e marketing direto. Quando o Ministério das Comunicações efetivar os reajustes, as novas tarifas estarão disponíveis na seção Preços e Prazos do site dos Correios.
Saiba mais
Confira os novos preços definidos pelo ministério das comunicações:
Carta comercial até 20 gramas: R$ 1,4169
Carta não-comercial até 20 gramas: R$ 0,9445
Telegrama nacional na agência, pré-pago: R$ 8,5012 por página
Telegrama internacional, a partir de R$ 1,0795 por palavra. O valor do serviço varia de acordo com o grupo de países.
Cartas e cartões-postais internacionais - modalidade econômica: a partir de R$ 1,1470 até 20 gramas. O valor varia de acordo com o grupo de países.

Fonte: Diário do Nordeste

terça-feira, 7 de abril de 2015

Musica para meditar


Pense e Reflita!!!







Fortaleza tem 2ª maior elevação do preço da cesta básica no País


A alta nos preços dos produtos da cesta básica fez com que um trabalhador tivesse que desembolsar R$ 304,59 para adquirir os produtos

CESTA BÁSICA
Fortaleza ficou atrás apenas de Manaus, que registrou uma elevação de 4,92%.
FOTO: KLEBER A. GONÇALVES
Em março, o conjunto dos 12 produtos que compõem a cesta básica de Fortaleza registrou inflação de 4,23%. A capital cearense apresentou a segunda maior variação mensal entre as 18 cidades pesquisadas peloDepartamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). 
A alta nos preços dos produtos da cesta básica fez com que um trabalhador, para adquirir os produtos, respeitadas as quantidades definidas para a composição da cesta, tivesse que desembolsar R$ 304,59. Considerando o valor e, tomando como base o salário mínimo vigente no país de R$ 788,00 (valor correspondente a uma jornada mensal de trabalho de 220 horas), pode-se dizer que o trabalhador teve que desprender 85 horas e 02 minutos de sua jornada de trabalho mensal para essa finalidade. O gasto com alimentação de uma família padrão (2 adultos e 2 crianças) foi de R$ 913,77.
Fortaleza ficou atrás apenas de Manaus, que registrou uma elevação de 4,92%. Seguem na lista de maiores aumentos Aracaju (3,23%) e Vitória (2,47%). Retrações foram registradas emSalvador (-2,79%), Brasília (-1,06%), Goiânia (-0,66%), Florianópolis (-0,45%) e Natal(-0,15%). 
O maior custo da cesta, em março, foi apurado em São Paulo (R$ 379,35), seguido de Vitória (R$ 363,62) e Porto Alegre (R$ 360,01). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 273,21), João Pessoa (R$ 288,43) e Natal (R$ 289,21).

Fonte: Diário do Nordeste

Ministério abre inscrições para concurso com provas em 11 Capitais


242 vagas serão destinadas para ampla concorrência distribuídas em nível médio e superior

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As provas acontecerão em Brasília, Manaus, Belém, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Cuiabá e Goiânia
FOTO: KID JÚNIOR
As inscrições para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) junto ao Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) já estão abertas. Ao todo há 259 vagas divididas entre nível médio e superior. Os interessados devem se inscrever neste link, até às 23h59 de 23 de abril de 2015 e efetuar o pagamento da taxa de inscrição no valor de R$22,50 para nível médio/técnico e de R$45 para nível superior.
Ao todo são 242 vagas, mais 17 oportunidades para pessoas com necessidades especiais e 45 para candidatos negros, distribuídas entre diversas carreiras que podem ser conferidas no edital de abertura. As provas acontecerão em Brasília, Manaus, Belém, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Cuiabá e Goiânia.
A admissão dos aprovados ocorre em regime estatutário e a jornada de trabalho é de 40h semanais, com remunerações que podem variar de R$ 2.937,88 a R$ 6.308,88, acrescidas de desempenho de atividade em Ciência e Tecnologia (GDACT) de 80% e titularidade de mestrado e doutorado acresidas do vale-transporte e vale-alimentação.
processo seletivo será composto por provas objetivas e discursivas sem data definida para serem aplicadas. O certame tem, inicialmente, validade de dois anos, podendo ser prorrogado por igual período.

Fonte: Diário do Nordeste

Etanol cai no CE e em mais 16 estados e no DF


Combustível saiu de R$ 2,631/L entre 22 e 28 de março para R$ 2,610/L na semana passada

O preço médio do litro do etanol hidratado no Ceará caiu 0,79% entre as duas últimas semanas, conforme anunciou hoje a Agência Nacional do Petróleo (ANP). De acordo com o balanço feito semanalmente pelo órgão federal, o combustível saiu de R$ 2,631/L entre 22 e 28 de março paraR$ 2,610/L entre 29 de março e 4 de abril.
A ANP ainda apontou um preço máximo de R$ 2,890 para litro encontrado no Estado, a partir dos 193 postos pesquisados. O mínimo foi de R$ 2,49/L.
Variação pelo País
No balanço feito nos postos pelo Brasil, o etanol caiu em mais 16 estados e no Distrito Federal, subiram em outros seis e ficou estável no Amapá, na Paraíba e em Sergipe na semana passada

Fonte: Diário do Nordeste

TCE publica edital de concurso com 48 vagas e salários até R$ 30 mil


Certame será organizado pela Fundação Carlos Chagas (FCC), e as inscrições poderão ser realizadas no site do instituto entre as 10h do dia 13 de abril às 4h do dia 15 de maio

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Concurso oferece uma vaga para Procurador de Contas, uma para Conselheiro Substituto (Auditor), 36 para Analista de Controle Externo e 10 para Técnico de Controle Externo
O Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE) publicou, nesta terça-feira (7), o edital para o concurso que visa selecionar 48 novos servidores. De acordo com o texto do Diário Oficial Eletrônico, os salários variam de R$ 6.310,92 a R$ R$ 30.471,11.
O certame será organizado pela Fundação Carlos Chagas (FCC), e as inscrições poderão ser realizadas no site do instituto entre as 10h do dia 13 de abril às 4h do dia 15 de maio. A taxa é R$ 95 para os cargos de técnico e R$ 145 para os de analista de controle externo. Já para conselheiro substituto e procurador as inscrições custam R$ 300.
De acordo com o edital, as provas serão realizadas em Fortaleza e a previsão é de que estas sejam aplicados no dia 28 de junho. No horário da manhã deverá ser a prova objetiva para técnico e no período da tarde as provas objetivas e discursivas para analista.  
As provas objetivas para conselheiro substituto e procurador ocorrerão na tarde do dia 27 de junho e as discursivas serão aplicadas na manhã do dia 28 de junho. A terceira fase do certame para estas vagas, a prova oral, está prevista para ocorrer entre os dias 3 e 4 de outubro deste ano. 
As Resoluções Administrativas nº 11 e 12 (DOE 25/08/14), que tratam da destinação dos cargos de analista e técnico de controle externo a serem preenchidos com a realização de concurso público, foram aprovadas pelo Pleno no dia 19 de agosto de 2014, ocasião em que também foi autorizado o início do processo de realização do concurso.
Vagas e salários
O concurso oferece uma vaga para Procurador de Contas, uma para Conselheiro Substituto (Auditor), 36 para Analista de Controle Externo e 10 para Técnico de Controle Externo.
De acordo com o órgão, a remuneração para procurador de contas e conselheiro substituto é, respectivamente, de R$ R$ 30.471,11 e 28.947,55. Já o salário inicial de técnico de controle externo é de R$ 6.310,92, sem adicional de titulação. Para o cargo de analista de controle externo, sem adicional de titulação, o inicial é de R$ 8.015,23

Fonte: Diário do Nordeste

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Ferroviário vence a 4ª


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Mesmo com a vitória, o Ferroviário segue em quinto da classificação. A equipe Coral está com um ponto a menos que o Maracanã, vice-líder
FOTO: KID JÚNIOR
Após o empate sem gols com o América, o Ferroviário voltou a balançar as redes e a fazer a alegria do torcedor coral. Vitor Leal e Harrison marcaram os gols da vitória do Tubarão da Barra sobre o Crato por 2 a 0, no último sábado, no estádio Presidente Vargas, em partida válida pela oitava rodada da Segundona do Cearense.
Com a vitória, a equipe do técnico Raimundo Wagner, o Raimundinho, chegou aos 14 pontos e à quinta colocação na competição, a um ponto do segundo colocado, o Maracanã, e a seis do líder, o Tiradentes. Duas equipes sobem para a Primeira Divisão do Estadual.
Depois de um início preocupante, com uma derrota e um empate e sem marcar gols, o Ferroviário começa a encontrar os trilhos. O time coral já marcou 13 gols, tendo o terceiro melhor ataque do certame.
Na próxima rodada, o Tubarão enfrenta o Crateús, também no PV. A partida está marcada para o sábado (11), às 16h.

Fonte: Diário do Nordeste

Lava-Jato ameaça R$ 1,4 bi em investimentos no Ceará


Segundo o estudo, no Brasil são R$ 423,8 bilhões e o estado mais prejudicado é o Rio de Janeiro

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A Transposição do São Francisco está entre as obras com recursos ameaçados
CID BRABOSA
O Ceará é o terceiro estado do Nordeste a ser mais impactado financeiramente com as investigações da Operação Lava-Jato, que apura um dos maiores esquemas de corrupção do País, envolvendo a Petrobras. Em torno de R$ 1,4 bilhão em recursos poderão deixar de ser aplicados em solo cearense com a paralisação dos investimentos em curso. O montante, representa 0,3% dos R$ 423,8 bilhões que estão ameaçados em todo o Brasil. O motivo é a suspensão formal de contratos, dado o envolvimento de empresas investigadas.
No ranking nacional, o estados mais afetado é o Rio de Janeiro, que responde por 25% do valor total, ou R$ 105,8 bilhões. Na sequência, vem São Paulo, com o valor de R$ 78,2 bilhões, e Pernambuco, que estima perdas da ordem de R$ 73,5 bilhões - valor que o coloca na primeira posição dentre os estados nordestinos com mais perdas, seguido da Bahia (R$ 21,3 bilhões) e do Ceará. Os dados constam no estudo 'Investimentos em infraestrutura e P&G com execução ameaçada no Brasil' da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
Conforme a nota técnica, "até o momento, as investigações da Operação Lava-Jato resultaram na suspensão formal de contratação pela Petrobras de 25 empresas no Brasil, das quais 13 construtoras envolvidas nas mais importantes obras de infraestrutura do País e em grandes empreendimentos no setor de P&G (petróleo e gás) da Petrobras".
Ainda segundo o documento, "o risco de que novas empresas passem a constar na relação de investigados vem provocando a interrupção de pagamentos por parte da Petrobras a outras empresas que não estão citadas nas investigações, atingindo indiretamente a cadeia de fornecedores de P&G, notadamente os estaleiros", explica.
Empreendimentos
Os R$ 423,8 bilhões que correm o risco de não se consolidarem por todo o País estão relacionados, segundo o estudo, a 144 empreendimentos, sendo pelo menos 109 obras de infraestrutura, duas unidades de refino (Abreu Lima e Comperj), duas plantas de fertilizantes e 31 contratações junto a 18 estaleiros ameaçados de paralisação. O levantamento revela ainda que, do investimento total ameaçado, R$ 242, 8 bilhões estão previstos para serem aportados em 109 obras de infraestrutura e o restante, R$ 181 bilhões, são para o setor de petróleo e gás.
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Setores
Considerando as obras de infraestrutura ameaçadas de paralisação no País, o setor de transporte e logística tem a maior participação, com 57% do valor total a ser aportado, somando R$ 137,2 bilhões.
Com 29% dos investimentos previstos o setor de energia elétrica é o segundo mais prejudicado, correndo o risco de perder R$ 70,8 bilhões.
Com aproximadamente 4% do total ameaçado, estão investimentos nas áreas da construção civil (R$ 8,9 bilhões), desenvolvimento urbano (R$ 9,1 bilhões) e investimentos olímpicos (R$ 10 bilhões). Por último, com 2% de total do volume total de recursos ou R$ 6,8 bilhões, estão obras de saneamento que correm o risco de serem paralisadas.
Entre as obras de infraestrutura com execução ameaçada está a Transposição do Rio São Francisco, em Pernambuco, que tem impacto direto para toda a Região Nordeste, somando R$ 8,2 bilhões em investimentos.
Em recursos aplicados, os empreendimentos com mais impacto financeiro em caso de paralisação são da área de energia, sendo lideradas pela Usina de Belo Monte (R$ 28,9 bilhões), no Pará; Usinas de Jirau (R$ 15 bi) e de Santo Antônio (R$13 bi), ambas em Rondônia; e Angra 3 (R$ 13,9 bi), no Rio de Janeiro.
Petróleo e Gás
Na liderança dos investimentos em P&G sob ameaça de não se concretizarem está a construção naval, com 59% do total ou R$ 103,1 bi. Em seguida vem refino (37% ou R$ 65,2 bi); fertilizantes (4% ou R$ 6,5 bi) e outros, com 3% do total, correspondendo a R$ 6,2 bilhões. Juntos os investimentos em P&G em risco soma R$ 181 bilhões.

Fonte: Diário do Nordeste

Custo para impedir racionamento será alto


Ações do governo podem sair tão caras quanto as campanhas de economia, alertam especialistas

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Alternativa estudada atualmente é a de importar energia da Argentina ou do Uruguai, em operações feitas pela Petrobras e a Eletrobrás
São Paulo. As manobras do governo federal para evitar um racionamento de energia elétrica neste ano poderão custar tão caro para a sociedade quanto um programa de redução de consumo. Nos últimos meses, com o forte desgaste político da administração da presidente Dilma Rousseff, o Ministério de Minas e Energia e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) lançaram mão de uma série de medidas para aumentar a oferta e diminuir a demanda de energia. Quase todas implicarão aumento da conta de luz.
Uma das mais relevantes é a portaria que autoriza a compra de energia de shoppings centers, supermercados e demais empresas que tenham geradores elétricos. Por causa do alto custo, as empresas deixam esse tipo de equipamento em stand by para eventuais quedas de energia do sistema (calcula-se que a capacidade instalada no País com esses geradores supere 7 mil MW).
Agora elas poderão lucrar com o equipamento. Para cada megawatt hora (MWh) produzido com óleo diesel, será pago R$ 1 420,34; e, a gás natural, R$ 792,49. A regulamentação da medida deve sair nas próximas semanas para início de geração a partir de maio.
Sobra para o consumidor
Mas, enquanto os donos de geradores tendem a lucrar com a medida, os demais consumidores vão arcar com os custos altos. Num cálculo conservador feito pela Comerc Comercializadora, supondo que a oferta de energia atinja 1 mil MW médios e que o gerador produza durante 60% do tempo, a despesa pode chegar a R$ 5 bilhões em oito meses. Há quem aposte que a oferta possa alcançar mais de 2 mil MW, o que significaria mais de R$ 10 bilhões. "É uma solução paliativa, a toque de caixa", afirma o diretor da consultoria Thymos Energia, Ricardo Savoia.
Embora defenda a geração própria de energia, ele acredita que é preciso ter cuidado com a quantidade e qualidade do produto. No caso do diesel, a energia é cara e causa graves prejuízos ao meio ambiente se for usada de forma intensiva.
Importação é estudada
Além da contratação dos geradores, o governo também ampliou a possibilidade de importar energia da Argentina e do Uruguai.
Na quarta-feira, o Ministério de Minas e Energia publicou no Diário Oficial da União a autorização para que a Petrobras e a Eletrobrás sejam responsáveis pela operação. A importação, no entanto, ainda é uma dúvida já que no inverno o consumo de energia é alto na Argentina. Se sobrar alguma coisa para vender, o preço será alto, diz o presidente da Comerc, Cristopher Vlavianos. Pelas regras estabelecidas pelo ministério, o custo de importação que superar o preço do mercado à vista (o chamado PLD) será coberto pelo Encargo de Serviço do Sistema (ESS), pago por todos os brasileiros.
Preservar águas
As duas medidas (compra de energia térmica e importação) têm o objetivo de preservar a água dos reservatórios - até 1.º de abril, o nível das represas do Sudeste/Centro-Oeste estavam em 28,8%, abaixo dos 30% esperados pelo governo.
Mas ao reduzir a energia hídrica, o governo tende a ampliar o rombo entre os geradores, que vão produzir menos do que a garantia física. Antes mesmo de se cogitar a possibilidade de contratar energia de shoppings e supermercados, a expectativa de prejuízo das geradoras superava R$ 20 bilhões com a queda de produção.
Esperança de redução
A esperança do governo Dilma é que, com a tarifa mais alta e a campanha de preservação de energia no rádio e na televisão, o brasileiro reduza o consumo neste ano. "O consumidor cativo terá um sinal de preço que vai incentivá-lo a reduzir o consumo", afirma Vlavianos, referindo-se aos reajustes anuais de tarifas, ao reajuste extraordinário decorrente do alto custo das térmicas e da bandeira tarifária, que hoje é de R$ 5,50 a cada 100 kWh consumidos.
Em fevereiro, o uso da energia caiu 2,2% e, no ano, 0,5%. O resultado foi decorrente especialmente do baixo desempenho da economia brasileira. Só o setor industrial reduziu o consumo em 4,7% no primeiro bimestre do ano. O consumo residencial cresceu 2,6% por causa do calor que atingiu a Região Sudeste em janeiro.

Fonte: Diário do Nordeste