terça-feira, 10 de março de 2015

Para 'afagar' classe média, Lula sugere correção de 6,5% na tabela do IR
O governo vai ceder e apresentar ao Congresso nova proposta para a correção da tabela do Imposto de Renda. A garantia foi dada nesta segunda-feira, 9, pela presidente Dilma Rousseff, em reunião com líderes da base aliada no Senado e em jantar com ministros e dirigentes do PT.
O valor do reajuste, porém, ainda está em negociação entre o Palácio do Planalto e a equipe econômica. "Vamos trabalhar na construção de uma alternativa para a correção da tabela do Imposto de Renda", disse o ministro de Relações Institucionais, Pepe Vargas. "Ela disse que vai ser uma proposta boa", afirmou o líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC).
Na conversa que terá nesta terça-feira, 10, com Dilma, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sugerir a ela, porém, que faça um afago na classe média, neste momento de dificuldade política, e corrija a tabela do IR em 6,5%. Sob a alegação de que esse índice seria prejudicial ao ajuste fiscal, Dilma vetou, em 20 de janeiro, o reajuste de 6,5%, aprovado no fim do ano passado pelo Congresso. De lá para cá, a crise se complicou e até parlamentares da base aliada ameaçam impor nova derrota a Dilma, na votação marcada para esta quarta-feira, 11. "Estamos tentando encontrar um índice que faça a mediação", declarou Vargas.
Segundo o líder do PDT no Senado, Acir Gurgacz (RO), "é preciso ter uma alternativa viável porque, senão, fica difícil não defender a derrubada do veto", disse. De acordo com o senador, que participou da reunião no Planalto, Dilma prometeu aos líderes dos partidos da base aliada apresentar a eles, até as 10 horas, uma nova proposta relativa à correção da tabela.
Vargas saiu da reunião com Dilma e aliados de vários partidos, no Palácio, e foi direto para um jantar com a presidente, ministros do PT, deputados e senadores do partido, no Palácio da Alvorada. O ministro disse ainda que a modificação da proposta (de reajuste do IR) vai ser discutida também com os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
O nome de Vargas é tema de conversas com Lula nos bastidores. O ex-presidente argumenta que Dilma necessita de alguém com mais experiência do que Vargas na articulação com o Senado e a Câmara. Lula defende que Dilma deve promover um diálogo "cotidiano e mais estratégico" com o Congresso. (Tânia Monteiro e Rafael Moraes Moura)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Fonte: O povo

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