terça-feira, 31 de março de 2015

Confiança no time 'B'


Na estreia da Copa do Brasil, amanhã, fora de casa, o Ceará preserva titulares e dá chance a atletas menos utilizados

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O atacante Robinho ganha nova chance no Ceará amanhã, pela Copa do Brasil
FOTO: KID JR
No momento em que disputa três competições simultâneas - Estadual, Copa do Nordeste e Copa do Brasil - o Ceará se vê na necessidade de escolher uma prioridade.
Como o foco principal é a conquista do pentacampeonato cearense e o clube joga no sábado a primeira semifinal contra o Guarani de Juazeiro, fora de casa, a estreia na Copa do Brasil, amanhã, ficou em segundo plano.
Como agravante, o jogo também é fora de casa, contra o Confiança, em Aracaju (SE), forçando a comissão técnica a preservar os titulares. Para o técnico Silas, submeter o time principal a duas viagens seguidas, primeiro a Aracaju e depois a Juazeiro do Norte, seria desgastante.
"Eu preciso mesclar o time, porque sábado também é fora, lá em Juazeiro, e será uma pedreira. Seriam duas viagens. É uma questão de descansar mesmo. A Copa do Brasil é muito importante, gera dinheiro, prestígio, mas eu tenho que descansar os caras, não tem outro jeito", explicou.
Por isso, a saída foi deixar quase em sua totalidade os titulares em Fortaleza de olho no Estadual, e dar um voto de confiança aos jogadores menos utilizados. "Temos confiança plena em todo grupo. O Cametá jogou no sábado, o Samuel está jogando, o Sandro também, temos o Marcos Aurélio, Eloir, William, Robinho. Não é um bom time? Mais que bom! Não posso ter medo de colocar esse time. Jogaremos com uma equipe forte", disse o técnico, citando alguns que terão oportunidade amanhã.
Chance de ouro
Pelo treino de apronto ontem à tarde, o Ceará deve iniciar o jogo com Tiago; Cametá, Sandro, Carlão e Samuel; Everton, Jean Cléber, Eloir e Marcos Aurélio; Robinho e William.
Grande parte desses jogadores estiveram em campo na derrota contra o Quixadá, pelo Estadual, primeira oportunidade do time 'B'. Menos Eloir, que estava com virose, mesmo caso de João Marcos agora, nem sequer relacionado para jogar amanhã.
"Eu encaro a chance como um voto de confiança do Silas, não só em mim, mas em todos. É uma competição importante e todos querermos jogar, mostrar nosso futebol", disse Eloir, que está confirmado como titular.
Copa do Nordeste: de novo, o Vitória
Além da estreia na Copa do Brasil amanhã, outro tema foi muito abordado em Porangabuçu: o adversário do Vovô nas semifinais da Copa do Nordeste, que foi conhecido domingo (29) após o fechamento dos confrontos das quartas de finais.
E o rival das semifinais deste ano é um velho conhecido: o baiano Vitória. O encontro será o terceiro seguido entre os dois em mata-matas, desde que a competição foi revitalizada.
Nas duas edições anteriores, em 2013 e 2014, os duelos foram nas quartas de finais e o Vovô eliminou o Leão da Barra com duas vitórias categóricas no segundo jogo, com goleadas.
Em 2013, o Ceará foi derrotado em casa por 2 a 0, no PV e conseguiu reverter um confronto que parecia impossível, batendo os baianos por 4 a 1, no Barradão. Já no ano passado, um empate em 1 a 1 no Barradão, no primeiro jogo, deixou o confronto em aberto para o PV: mas o Vovô fez 5 a 1, com três gols do atacante Bill, que hoje defende o Botafogo.
Os duelos entre Ceará e Vitória serão nos dias 8 e 12 de abril, com o primeiro jogo no Castelão e o segundo, na Bahia.
Vladimir Marques
Repórter

Fonte: Diário do Nordeste 

Ferroviário volta aos trilhos


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Diretoria coral colocou à venda o terceiro uniforme, de cor dourada, utilizado pela equipe em algumas partidas do Estadual por R$ 129,90
FOTO: FERRAO.COM.BR
Após início oscilante na Série B do Campeonato Cearense, o Ferroviário parece ter reencontrado o caminho das vitórias. Em busca do retorno à elite, o time coral conseguiu dois triunfos nas duas últimas rodadas, subiu para a quinta colocação e terá três partidas consecutivas em seus domínios para tentar chegar à ponta da tabela da competição.
O resultado positivo de 3 a 2 sobre o Barbalha, no último domingo, foi o primeiro diante da torcida na competição, logo na estreia do técnico Raimundo Wagner, o Raimundinho, ex-Quixadá - conseguiu levar o Canarinho do Sertão à segunda fase da Série A. Sob comando interino,o Tubarão já tinha batido o Nova Russas por 4 a 2 fora de casa.
Antes da boa sequência, o Ferrão fazia campanha irregular: duas derrotas, um empate e apenas uma vitória - a equipe soma dez pontos. Com mais 12 jogos pela frente, a expectativa coral é manter a boa fase para engrenar na competição e entrar de vez na luta pelas duas primeiras posições, hoje ocupadas por Tiradentes, com 16 pontos, e Uniclinic, com 14 - os dois melhores colocados garantem o acesso à Primeira Divisão e a presença na final da Segundona.
Um dos trunfos da equipe de Raimundinho é o atacante Maxuell, revelado pelo Ceará, que balançou as redes duas vezes diante do Barbalha e assumiu a artilharia da Segundona, com seis gols em seis partida.
Embalado, o Tubarão da Barra terá pela frente três desafios no estádio Presidente Vargas para confirmar o bom momento. Primeiro, encara como "visitante" o lanterna América, amanhã, às 20h15, pela sétima rodada do certame. Depois, recebe o Crato, no sábado (4), e o Crateús, no dia 11, que estão logo atrás da equipe coral na tabela - em sexto e sétimo, respectivamente.
Camisa nova à venda
Em meio à boa fase, a diretoria coral colocou à venda o terceiro uniforme, de cor dourada, utilizado pela equipe em algumas partidas do Estadual.
A camisa está disponível na loja virtual do Ferrão por R$ 129,90. Já as outras camisas estão em preço promocional.

Fonte: Diário do Nordeste

TJDF

Agora virou caso de Polícia


Após FCF ser atacada e membros do Tribunal ameaçados; inquérito foi instaurado para investigar ações

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Jamilson de Moraes Veras e os delegados Andrade Júnior e Romério Almeida informaram que as ações contra o Tribunal serão investigadas
FOTO: BRUNO GOMES
A decisão do Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol no Estado do Ceará (TJDF-CE) que excluiu o Fortaleza do atual Campeonato Cearense, rebaixou o clube para a segunda divisão em 2016, e ainda multou o Leão em R$ 50 mil, está agora em pauta também na esfera policial.
A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) instaurou ontem inquérito para investigar o que chamou de 'atentado' contra a sede da Federação Cearense de Futebol (FCF), ocorrido no último sábado (28), além das ameaças feitas a membros do TJDF.
No sábado, a sede da FCF foi alvo de vandalismo e amanheceu pichada. E desde a divulgação da sentença de primeira instância, na última quinta-feira (26), membros do TJDF vêm sofrendo ameaças na internet e por telefonemas.
Investigação
O delegado titular do 34º DP (Centro), Romério Almeida, foi designado pelo delegado geral da Polícia Civil cearense, Andrade Júnior, para presidir as investigações do caso.
Na tarde de ontem, em coletiva de imprensa na Delegacia Geral, no Centro, os dois, ladeados pelo presidente do Pleno do TJDF, Jamilson de Moraes Veras, afirmaram que colhem pistas para identificar suspeitos.
"Vários membros do TJDF estão sofrendo ameaças, possivelmente de pessoas ligadas a torcidas, e designamos o delegado que sempre está à frente das ações relativas ao futebol. Depois daquele fato da Federação, onde também funciona o Tribunal, a gente vem nesse momento para dizer que está sendo investigado e as pessoas envolvidas serão responsabilizadas", afirmou Andrade Júnior.
O presidente do inquérito, por sua vez, destacou que não se deve apontar de cara para um determinado lado de torcedores para buscar responsabilidades. Romério enfatizou que não está descartada a participação de pessoas infiltradas com o objetivo de promover situações para denegrir a imagem e o nome de determinada torcida ou clube.
"Nosso objetivo é identificar essas pessoas. Não podemos dizer que são torcedores do Fortaleza, pois pode ter alguém infiltrado. Mas muitos utilizaram meios da internet, telefone, e instauramos o inquérito para que possamos o mais rápido possível, identificar", disse.
Vítimas
O processo que puniu o Fortaleza por ter entrado na Justiça comum no caso David Madrigal sem, supostamente, ter esgotado todas as possibilidades na esfera Desportiva, obteve 3 votos favoráveis à aplicação das penas, ante 2 contrários.
Conforme o presidente do Tribunal, os auditores Régis Silva, Rodrigo Azin e Aluísio Gurgel, além do procurador Frederico Bandeira, são os alvos das ameaças. Silva, Azin e Bandeira atuaram diretamente no processo 053/2015, em que o Tricolor do Pici figura como réu.
'Decisão não foi por paixão'
O presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol no Estado do Ceará (TJDF-CE), Jamilson de Moraes Veras, justificou que a decisão de primeira instância, que excluiu o Fortaleza da atual disputa do Campeonato Cearense e rebaixou o clube, não foi tomada com base em afinidades clubísticas.
"A gente impugna pela postura coerente dos auditores e demais membros. Nós temos a tranquilidade, maturidade, de que em determinadas decisões pode-se inflamar um setor da torcida. E não necessariamente essa decisão foi por paixão clubística. Foi por convicção de voto", disse.
Jamilson enfatizou, também, que o objetivo do pedido de apoio à Polícia Civil é para garantir a segurança dos membros do Tribunal. Dados pessoais, como endereço e número de telefone, foram divulgados na internet.
"Eles estão sendo ameaçados de apedrejamento de residência, de carro, e até ameaça de morte a quem votou. São ligações telefônicas, mensagens de Whatsapp, redes sociais. Divulgaram os nomes e telefones dos membros, até de gente que nem participou do processo", disse.
Para o presidente, há embasamento para sustentar o voto dos auditores na Legislação do esporte. "Todas as decisões são baseadas em Lei, isso dá tranquilidade ao Tribunal para tomar as posturas que julgue necessárias".
Levi de Freitas
Repórter

Fonte: Diário do Nordeste

Medicamentos vencidos são localizados em imóvel fechado


O prédio foi Central de Marcação e Regulação de Consultas e, depois, de Assistência Farmacêutica

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Recolhimento foi feito pela Secretaria de Saúde de Quixadá
FOTO: ALEX PIMENTEL
Quixadá. Uma grande quantidade de medicamentos, a maioria com data de vencimento de 2013, foi encontrada, no início da manhã desta segunda-feira, 30, neste Município do Sertão Central. Os remédios estavam dentro de um imóvel particular situado no Centro da cidade.
Até o ano passado o prédio estava à disposição da Secretaria de Saúde de Quixadá. Havia funcionado como Central de Marcação e Regulação de Consultas e, posteriormente, como Central de Assistência Farmacêutica e Farmácia Municipal. No início deste ano, o prédio foi devolvido ao proprietário.
Os medicamentos encontrados, dentre eles Cinetol, Clavulin, Dexason, Gestodene, Ultrogestan, Nistatina, no total de 22 tipos, conforme levantamento feito pelo coordenador da Vigilância Sanitária Municipal, biólogo Clenilson Paiva, foram recolhidos para o Centro de Zoonoses, onde permanecerão até a Secretaria Municipal de Saúde receber autorização para incineração dos produtos. Conforme o coordenador, a relação exata e o quantitativo serão encaminhados à 8ª Célula Regional de Saúde (8ª Ceres), a quem será solicitada a incineração dos fármacos. Até a conclusão desta edição o levantamento da quantidade exata de remédios ainda não havia sido concluído.
O recolhimento dos remédios foi determinado pela secretária de Saúde de Quixadá, Selene Bandeira. Segundo ela, havia tomado conhecimento da possível existência do estoque por meio de denúncia feita na sexta-feira, 27, pelos vereadores Kelton Dantas e Audênio Moraes. "Eles queriam que a gente abrisse o prédio, mas não havíamos localizado o proprietário. Quando tivemos acesso às chaves averiguamos a denúncia e adotamos as providências", explicou a secretária de Saúde.
Selene Bandeira acrescentou que o imóvel estava lacrado desde o fim do ano, aguardando uma decisão da Justiça acerca de débitos alusivos a atraso de aluguel. Por conta do impasse com a Prefeitura, não havia sido permitida a retirada de nenhum objeto até o parecer final judicial. Todavia, diante da repercussão na cidade o proprietário, Dário Cidade, se sensibilizou e autorizou a vistoria. Ele não foi localizado para se manifestar acerca do problema.
Os vereadores Higo Carlos Cavalcante, Ereni Tavares mais conhecido como "Capitão", Kelton Dantas e Pedro Baquit acompanharam a remoção dos medicamentos. Uma equipe da Polícia Militar foi acionada para assegurar o trabalho dos profissionais da vigilância sanitária. Nenhum incidente foi registrado. Os representantes da Câmara Municipal queriam apenas confirmar a denúncia e saber qual destino será dado aos produtos vencidos. Eles pretendem levar o caso ao conhecimento do Ministério Público para apuração de responsabilidades e adoção das medidas legais cabíveis.
Na noite anterior, o vereador Higo Carlos utilizou uma rede social para solicitar à população a manter vigília defronte ao prédio utilizado pela Prefeitura, situado em frente à praça da antiga estação ferroviária. Segundo ele, a administração municipal pretendia retirar os medicamentos à noite, para ocultar provas acerca das denúncias que estão sendo levadas ao Ministério Público. "Como a Secretaria de Saúde estava se recusando a abrir o prédio para inspecionarmos, como representantes do povo, solicitamos da Justiça um Mandado de Busca e Apreensão dos medicamentos", ressaltou.
Para Higo Carlos e os demais vereadores que acompanharam a vistoria no prédio, além de descaso com a saúde pública, trata-se de um crime de improbidade administrativa. "Não admitimos uma situação dessas. Enquanto o nosso povo sofre com a falta de medicamentos nos postos de saúde e no Hospital Eudásio Barroso, muitos remédios estão sendo desperdiçados. Na sexta-feira encontramos mais de 1.600 caixas de Dipirona num prédio abandonado. Consideramos isso um crime", acrescentou "Capitão".
Sobre a falta de medicamento nos postos de saúde de Quixadá, inclusive na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Selene Bandeira rebateu as acusações dos vereadores. "Não está mais faltando medicamentos e ainda nesta semana o Hospital Municipal receberá novos equipamentos. No início, enfrentamos um problema, mas tudo está sendo normalizado", completou.
Na sexta-feira os vereadores encontrarem milhares de frascos de Dipirona em um posto de saúde desativado, na periferia de cidade. A Secretaria de Saúde informou a existência de 10 mil frascos de 10 ml. Para os vereadores Higo Carlos e "Capitão", são mais de 160 mil unidades. Parte deles tem prazo de validade até hoje, 31 de março.
Mais informações
Secretaria de Saúde de Quixadá
Rua Professor Júlio Holanda, 105 Alto São Francisco
Quixadá
(88) 3412-4067
www.quixada.ce.gov.br
Alex pimentel
Colaborador

Fonte: Diário do Nordeste

"O ano não acabou"


Técnico leonino projeta crescimento da equipe na Copa do Brasil e no Estadual apesar da saída na Copa do Nordeste

Marcelo Chamusca
Treinador acredita que o grupo atual do Fortaleza ainda dará alegrias
FOTO: KIKO SILVA
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Fortaleza deixou de faturar pelo menos R$ 1 milhão, entre receitas de bilheterias e premiação que seria paga para avançar na Copa do Nordeste
FOTO: BRUNO GOMES
Criticado por alguns torcedores, por causa da eliminação do clube na Copa do Nordeste, após a derrota em Recife, para o Sport, o técnico do Fortaleza, Marcelo Chamusca, diz que seu time mereceria avançar na competição, mas como isso não aconteceu, a torcida deve continuar acreditando nos jogadores do Leão.
"Olhando o somatório dos 180 minutos contra o Sport, percebemos que a gente só não foi bem no primeiro tempo na Ilha do Retiro. De resto, jogamos mais que eles. Isso nos enche de confiança no grupo que temos", disse o comandante tricolor.
Para Chamusca, a torcida leonina não deve entrar no desespero, pois "o ano está só começando para o Fortaleza".
"O sonho de avançarmos na Copa do Nordeste já se encerrou, mas temos outros objetivos, como a Copa do Brasil, nesta quarta-feira contra o River, e a semifinal do Campeonato Cearense, no sábado, contra o Icasa. Esse grupo aqui ainda vai dar muitas alegrias à torcida", almejou o comandante tricolor.
E os jogadores precisarão mesmo de muita confiança, pois diante do River, amanhã, às 19h30, no Estádio Albertão, o Fortaleza terá alguns desfalques importantes.
Os volantes Auremir e Vinícius Hess foram expulsos pela Copa do Nordeste, mas terão que cumprir automática, mesmo sendo na Copa do Brasil. O departamento jurídico do tricolor entende que assim é o correto para evitar problemas.
Para completar, o zagueiro Adalberto apresentou-se com um desconforto no músculo adutor da coxa e ficará para fazer tratamento e avaliar a real situação para os futuros jogos.
Com as ausências do trio, outros atletas terão mais uma oportunidade, como o volante Dudu Cearense, o zagueiro Max Oliveira e o meia Daniel Sobralense, que já atuou no segundo tempo da partida contra o Sport, e deve começar jogando.
Efeito suspensivo
O presidente do TJDF-CE, Jamilson Veras, informou ontem que somente na quarta-feira é que estará fazendo o seu despacho sobre dois pedidos de efeito suspensivo da decisão da Primeira Comissão Disciplinar, que excluiu o Fortaleza do Campeonato Cearense. "Vou concluir os julgamentos com baseamento na Lei. Existe o recurso do Fortaleza, que está mais documentado, e o da Federação, que está defendendo o seu filiado", disse ele.
Eliminação "custou" quase R$ 1 milhão
Terminada a cobrança de penalidades na Ilha do Retiro, quando o Sport venceu o Fortaleza por 4x2 pela Copa do Nordeste, a torcida tricolor amargava um revés do ponto de vista técnico, sempre difícil de ser reparado. Por sua vez, a diretoria se lamenta por não conseguir dar uma alavancada nos cofres do clube.
De cara, se avançasse para as semifinais da Copa do Nordeste, o Fortaleza faria jus a R$ 275 mil de premiação. Em seguida, enfrentaria mais um jogo por essa etapa na Arena Castelão, o que daria por baixo uns R$ 500 mil de arrecadação. A Arena Castelão ainda iria presentear o Fortaleza com R$ 150 mil.
O vice-presidente do Tricolor, Ênio Mourão, disse que a diretoria se aborreceu com a desclassificação e fechou a conta em R$ 1 milhão de prejuízo.
Entretanto, ele considera que o time foi guerreiro nos dois jogos. "Nós fomos eliminados nos pênaltis para um time da Série A, com folha de pagamentos de R$ 2 milhões. Não podemos agora ficar chorando o leite derramado", disse Ênio Mourão. "Agora, é lutar por outros recursos no restante das competições", completou o dirigente leonino,
O Tricolor espera incrementar o número de sócios-torcedores nos próximos meses, a medida que for mostrando uma boa participação na Copa do Brasil, e Cearense e futuramente na Série C. "O importante é que temos um bom time", avaliou Ênio.

Fonte: Diário do Nordeste

Áreas de risco terão mapeamento


A ideia é identificar as particularidades de cada um destes pontos e agir com as intervenções necessárias

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Na Capital, cerca de 22 mil famílias vivem atualmente em condições precárias
FOTO: NATINHO RODRIGUES
As 89 áreas de risco atualmente existentes em Fortaleza estão sendo mapeadas e irão compor, até o fim do ano, um levantamento indicando a situação de cada uma. O objetivo, segundo a Prefeitura, é identificar as particularidades de cada um destes pontos e agir com as intervenções necessárias.
Em toda a cidade, são cerca de 22 mil famílias vivendo em condições precárias e torcendo para a próxima chuva não levar tudo o que possuem. Apesar do problema ser generalizado, a maior parte está em áreas das Regionais III, V e VI, de acordo com a Defesa Civil do Município.
Para o coordenador Especial de Proteção e Defesa Civil, Cristiano Ferrer, áreas de risco são aquelas em que a população está sujeita a alagamentos, inundações, deslizamentos e soterramentos iminentes. "Geralmente, essas populações estão nas proximidades dos recursos hídricos, encostas de morros ou em cima deles", explicou.
Ferrer informou que o georreferenciamento deverá ser concluído até dezembro e apresentará alternativas para o socorro dos necessitados. O mapeamento, entretanto, não deverá expor os moradores atendidos. "Nosso cuidado é para que o local não seja visto simplesmente como uma área de risco, mas como uma localidade, onde se apresentam as possibilidades de atendimento quanto aos riscos", disse.
"Elencamos o que acontece nessas áreas identificadas e definimos pequenas intervenções necessárias a cada uma", completou. Com isso, garante o coordenador, a própria população contribui para reduzir os riscos. "Uma nova metodologia de limpeza criada pela Prefeitura teve efeito um satisfatório e sem reincidência", exemplificou.
De acordo com Ferrer, a maioria dos alagamentos é causada pela destinação indevida dada ao lixo, que também é um transmissor de doenças. Outro problema enfrentado pelo órgão é o retorno de famílias a áreas desocupadas, como o que aconteceu no último dia 16 nas margens do Rio Maranguapinho no trecho do Antônio Bezerra. De acordo com a Secretaria das Cidades, responsável pela obra de urbanização do Rio Maranguapinho, a intervenção exige a retirada de 12.275 famílias da área. Destas, 5.873 serão indenizadas, das quais 66,25% já receberam o dinheiro, e 6.402 serão reassentadas, sendo que 47,58% já foram levadas a novas residências.
Para acolher as pessoas retiradas, seis residenciais já foram construídos, e sete estão em execução. A Secretaria informou ainda que, para o controle de cheias, uma barragem já foi construída e 29,3% dos 22,2 Km da dragagem já foram feitos. O projeto prevê ainda a construção de via paisagística de 44,5 Km, atualmente com 10 Km prontos (22,5%).
Áreas históricas
Os relatos do dia a dia das famílias que vivem nessas localidades revelam as dificuldades. Nas proximidades do Rio Maranguapinho, que historicamente tem as margens permeadas de ocupações irregulares, na área situada no bairro Antônio Bezerra a condição, no decorrer dos anos, melhorou, devido o projeto de requalificação. Porém, para os moradores do lado do bairro Genibaú, que ainda aguardam a conclusão do processo de desapropriação, as mazelas seguem as mesmas. "Moro há 18 anos na área de risco. Cansei de ver a água ficar na minha cintura, me desesperar. Mas eu só saio daqui quando tiver a garantia que vou para uma outra casa aqui no mesmo bairro", argumenta a dona de casa Lúcia de Fátima Costa.
Famílias relatam  como é viver em alerta
Começa a chuviscar e as ações são instintivas: olho no rio que ameaça transbordar e na coberta do casebre que pode cair, mãos nas tábuas que serão a barreira na porta e braços para juntar as crianças e separar os alimentos e móveis a serem salvos. Se a chuva adentra a noite, é sabido: haverá revezamento na hora de dormir. É preciso velar o sono para que enchentes e desabamentos não surpreendam.
Embora em pontos distintos da Capital e relativamente distantes, não foram poucas as vezes que os moradores do Morro de Santa Terezinha e das margens do Riacho Maceió, Rio Cocó e Maranguapinho viram a água "chegar na cintura" e levar os poucos pertences.
"Agora está é pior porque não tem mais saída para água, está tudo tampado lá em baixo. Quando chove é dia de correria", conta o vigilante Jorge Alves Rosário, morador da Rua Manjar, no Morro de Santa Terezinha. Há dez anos, fevereiro, março e abril são os piores meses da vida de Jorge, pois a quadra chuvosa é sempre devastadora para ele e a família, de mais cinco pessoas.
Na mesma rua, mas na área alta, o problema que aflige a dona de casa Natália Rodrigues dos Santos é o volume de água que escorre pelas escadarias do morro. De tão forte, "é capaz de levar uma pessoa". A residência de três cômodos é dividida com seis pessoas, sendo três crianças. O perigo chega pela porta da frente e pelo quintal, já que o mesmo é situado na encosta do morro, e a areia desaba a cada chuva.
Acesso
Na Comunidade do Saporé, às margens do Riacho Maceió, no Mucuripe, até o acesso é complicado. Em determinado trecho, o espaço entre o casebre e o barranco que desemboca no Riacho é de cerca de 30 cm. "No começo do ano encheu e invadiu as casas. Agora andaram limpando e está mais tranquilo. Mas se chove, ninguém dorme", diz a dona de casa Maria Sueli Evangelista.
No Passaré, o rio que corta a cidade segue ameaçando famílias. Com as ocupações que não só permanecem, mas crescem às margens do Cocó, as condições de risco não se alteram. Na Rua Canamari, onde a quintal das casas margeiam o Rio Cocó, a tensão é contínua segundo a dona de casa, Lucilene Quirino.
Germano Ribeiro/ Thatiany Nascimento
Repórteres


                                                Fonte: Diário do Nordeste  

domingo, 29 de março de 2015

Chuva dá esperança de boa safra


A estimativa dos produtores do Cariri é que a colheita seja maior do que no ano passado, em vista da quadra

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Plantio teve início em fevereiro, quando houve precipitações mais intensas
FOTOS: ELIZÂNGELA SANTOS
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As precipitações no Cariri se intensificaram mais esta semana. A maior chuva no Crato, de 105 milímetros trouxe mais esperanças. Tanto a produção de feijão como o milho ficam para meados e final de abril
Crato. Mesmo com as chuvas tardias para um inverno que até o dia 19 de março, Dia de São José, continuava incerto, os agricultores acreditam em uma perspectiva de boa safra para este ano. Com a Semana Santa nos primeiros dias de abril, os agricultores não apostam na colheita imediata, por conta das chuvas, que normalmente acontecem em janeiro para os primeiros plantios, virem apenas em março. Tanto a produção de feijão como o milho ficam para meados e final de abril.
De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), as chuvas das últimas semanas no Ceará não foram suficientes para reanimar as culturas cultivadas no Ceará. A estimativa elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta uma redução em 2,59% na previsão da safra de grãos em 2015, que, atualmente, está medida em 1.114.344 toneladas.
Incremento
O volume apresenta-se 112,20% maior que a colheita do ano passado, o que é justificado pelo IBGE por 2014 representar mais um período de seca - o terceiro consecutivo no Estado. A previsão conta com o incremento na produção de fava, feijão de arranca de primeira safra e feijão de corda de segunda safra. Dentro da mesma lista pesquisada, os artigos algodão herbáceo de sequeiro, amendoim, arroz de sequeiro, arroz irrigado, feijão de corda de primeira safra, milho (grão) e mamona tiveram as expectativas de colheita neste ano retraídas no levantamento de fevereiro.
As chuvas no Cariri se intensificaram mais esta semana. A maior chuva no Crato, de 105 milímetros, voltou a assustar os moradores, com a cheia do Canal do Rio Grangeiro, com a água invadindo algumas residências e a lama se espalhando pelas ruas do centro da cidade. Os reservatórios, conforme os agricultores, começaram a encher esta semana, mas ainda não são suficientes para garantir uma boa reserva durante o ano.
Incerteza
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Crato, Antônio Alves da Gama (Tota), afirma que já havia uma incerteza muito grande quanto às chuvas este ano, conforme as previsões da Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme), mas todos decidiram plantar também já na segunda quinzena de fevereiro, mesmo com as chuvas escassas.
"Não podemos dizer que teremos um aumento da safra neste ano, por conta do plantio tardio", diz ele, ao explicar que não é o mesmo de acontecer o inverno no começo do ano. A produção tem uma redução, em virtude da própria variação climática e da irregularidade do período das chuvas.
Germinação
No Crato, conforme o presidente do Sindicato, os agricultores plantaram bem as sementes selecionadas repassadas pelo Governo do Estado, do Programa Hora de Plantar. Segundo Tota, as sementes ajudam bastante por terem uma germinação mais rápida, possibilitando também um período mais curto para a colheita e um aproveitamento maior do que foi plantado. "Muita gente estava na incerteza, mas teremos feijão e milho este ano", comemora o produtor.
Em Salitre, uma das cidades que atravessa a maior dificuldade de abastecimento na região e necessita comprar água de cidades como Araripina, em Pernambuco, está passando por um bom momento neste período de chuvas. Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais da localidade, Luzinete Andrade dos Santos, os barreiros, em sua maioria, já chegaram a transbordar. "Para a alegria dos agricultores, mesmo das localidades mais distantes, que mais sofrem com a questão da escassez da água em tempos de estiagem, essa é uma reserva muito bem-vinda", diz ela.
A região do Cariri foi uma das únicas do Estado, conforme as previsões da Funceme, a ter uma previsão média de chuvas equivalente ao ano passado. A crise maior do inverno, com uma estiagem que chegou a perda praticamente total da safra, aconteceu no ano de 2013.
Alento
"Tivemos que plantar um pouco mais tarde, no final de fevereiro, mas o bom é que nos últimos dias a chuva aumentou"
Manoel Ricardo de Sousa
Agricultor
"O inverno tem sido um pouco tardio, mas tudo indica que não teremos perdas agrícolas em nossa região"
Antônio Alves da Gama
Líder sindicalista
Elizângela Santos
Colaboradora

Fonte: Diário do Nordeste