quinta-feira, 5 de março de 2015

Procurador pede que Dilma e Aécio não sejam investigados


Citados em depoimentos, os dois estariam na lista dos que podem passar por investigações; Rodrigo Janot, Procurador-Geral da República, pediu o arquivamento de sete pedidos de inquéritos

Dilma Rousseff
Segundo a Procuradora-Geral da República as citações aos dois não seriam suficientes para pedidos de investigação
REUTERS
Aécio Neves
Aécio Neves "comemorou" o pedido de arquivamento de inquérito feito pelo Procurador, Rodrigo Janot
FOTO: EDILSON RODRIGUES/ AGÊNCIA SENADO
Após o envio para o Supremo Tribunal Federal (STF) de 28 pedidos para investigar mais 54 pessoas por envolvimentos no esquema de corrupção na Petrobras, o Procurador-Geral da República pediu ao órgão o arquivamento da investigação sobre a presidente Dilma Rousseff, citada em depoimento durante a Operação Lava Jato.
Segundo jornais como o Estado de S. Paulo, Janot enviou um documento ao ministro Teori Zavascki, no qual alega que a Constituição brasileira só admite que o chefe do Executivo seja investigado por atos que possuam relação com a Presidência.
Outro nome também citado em depoimento foi o do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que nesse caso, segundo o jornal O Globo, também teve o pedido de descarte de investigação feito pelo Procurador.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República, as citações ao nome dos dois não seriam suficientes para investigação. Sobre Dilma, as citações seriam apenas referência à petista, sem envolvimento direto. Já no caso de Aécio, a citação teria contado de seu envolvimento em fatos antigos, na década de 90, sem relação com os desvios na estatal.
Aécio Neves comemorou a decisão do pedido de arquivamento."Não tinha conhecimento, mas recebo como uma homenagem o arquivamento. Houve uma tentativa de envolver a oposição. E, se o procurador concluiu que não houve nada, ele tem a última palavra", disse.
Pedidos de inquérito
Ao todo, 28 pedidos de inquérito foram enviados. A lista dos 54 nomes que podem passar por investigações ainda não foram divulgados, mas o ministro Teori Zavascki deve quebrar o sigilo dos processos até a sexta-feira (6). Até o momento, Janot enviou sete pedidos de arquivamento de inquéritos ao ministro.
Informações divulgadas nesta quarta-feira (4) indicaram que entre os nomes citados na lista, estariam o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Segundo Rodirgo Janot, os pedidos de investigação feitos ao Supremo foram encaminhados "independentemente dos envolvidos, dos seus matizes partidários, ou dos cargos públicos que ocupam ou ocuparam".

Fonte: Diário do Nordeste

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