quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Angela Merkel faz aceno para Rússia



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A chanceler alemã disse que quer trabalhar para restaurar a paz na Europa, mas acrescentou que não podia ignorar as violações russas
FOTO: REUTERS
Berlim. A chanceler alemã, Angela Merkel, disse ontem que quer trabalhar com a Rússia para restaurar a paz na Europa, mas acrescentou que ela não podia ignorar as violações russas do direito internacional durante a crise da Ucrânia.
"Queremos dar forma a esta ordem de paz europeia com a Rússia, não contra a Rússia", disse Merkel durante discurso numa reunião de conservadores em Demmin, no leste da Alemanha. "Mas não podemos renunciar aos nossos princípios - e a anexação da Crimeia, por exemplo, é uma violação do direito internacional", acrescentou Merkel em seus primeiros comentários desde que separatistas pró-russos capturaram a cidade estratégica de Debaltseve no leste da Ucrânia, num movimento condenado por Berlim como uma violação ao cessar-fogo recém acordado.
Morte de soldados
Vinte e dois soldados ucranianos foram mortos e mais de 150 ficaram feridos durante um confronto com separatistas pró-russos numa ferrovia em Debaltseve nos últimos dias, disse um general das Forças Armadas.
O anúncio foi feito após tropas do governo serem expulsas da cidade. A pé, os soldados da 168ª brigada das Forças Armadas ucranianas e os combatentes do batalhão de voluntários "Krivbas" abandonaram a cidade.
Implementação de trégua
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, discutiram por telefone também ontem a implementação de um plano de paz para pôr fim ao conflito no leste da Ucrânia, informou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia em comunicado.
"O ministro notou a importância do diálogo direto entre Kiev, Donetsk e Lugansk, incluindo um rápido fim dos conflitos armados na área de Debaltseve, e reiteraram a obrigação das autoridades ucranianas de (conduzir) reformas constitucionais e dar a Donbass um status especial", disse o ministério russo em comunicado oficial.
Fonte: Diário do Nordeste

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