NOVA ALIANÇA

A Jornada Mundial da Juventude é um evento católico planejado por muitos jovens do mundo. Durante um prazo de 12 meses, pais de jovens pagaram em parcelas o valor do pacote aéreo, hospedagem, transporte e eventos da JMJ para que seus filhos pudessem acompanhar de perto a chegada do Papa Francisco. O que foi uma grande surpresa para os peregrinos e os pais, é que as agências não cumpriram o que estava no previsto no roteiro.

Lauro César, estudande de engenharia, 22 anos, está no Rio de Janeiro, mas fechou um pacote de 13 dias, que passava por São Paulo e depois pegava um ônibus para o Rio. "O maior problema é a desorganização. Deixamos de fazer algumas programações que estavam previstas, e ainda perdemos a missa de abertura com o Papa, por que chegamos com sete horas de atraso."

Com um público estimado em 2 milhões de pessoas, muitas agências não conseguiram se preparar. "São muitos ônibus, muitas pessoas, e empresas responsáveis. Só a Obra de Maria, são cerca de 10 mil pessoas. É um evento enorme e difícil de administrar", comenta Lauro, que foi pela comunidade e agência de turismo católico Obra de Maria.

O despreparo dos roteiros, é uma desvantagem para os jovens. Marília Vianna, outra peregrina cearense, conta que é muito cansativo. "Combinam um horário com a gente, mas esperamos horas e horas para sair de um lugar para outro."

Apesar dos desconfortos, os jovens não se arrependeram de estarem na jornada. "Com certeza faria tudo denovo. A emoção é grande. Não imaginávamos que encontraríamos essas situações, mas viemos para rezar e principalmente ver o nosso Papa. Estou muito feliz e realizada", fala a jovem Marília.

Poderia ser pior

10 paróquias do Ceará, foram enganadas pela agência de viagem Gertur, um total de 289 pessoas foram prejudicadas. Os que compraram o pacote com a agência e conseguiram embarcar, descobriram que não tinham direito a hospedagem, transporte e a entrada dos eventos. Todos esses itens foram pagos no pacote.

Rosemary Silva de Lima, secretária do pároco da Paróquia Nossa Senhora da Salete, fala que só na paróquia dela, foram 64 pessoas que compraram o pacote. "Do nosso grupo, 30 pessoas foram primeiro para o Rio de Janeiro, e descobriram que além de não terem hospedagem, também não tinham direito as eventos da JMJ". Os outros desistiram de ir e estão tentando uma maneira melhor de trazer os outros que estão lá.

A decepção foi grande para muitos jovens e religiosos da capital. A empresa responsável está fechada e não antende os telefones.

Fonte: Diário do Nordeste