Brasil detona Espanha e leva o tetra no Maracanã
O Brasil passou com louvor pelo seu grande teste antes da Copa do Mundo de 2014. Na noite de ontem, jogando um futebol vistoso, comandando por Neymar e agora forte candidato ao posto de melhor do mundo, a Seleção Brasileira passeou sobre a toda poderosa Espanha, venceu por 3 a 0 num Maracanã pulsante e conquistou diante da sua torcida o título da Copa das Confederações. Neymar marcou uma vez e participou dos dois gols de Fred.
Neymar marcou o segundo gol da vitória brasileira e, de quebra, foi eleito o melhor jogador da Copa das Confederações. O atacante também foi o terceiro maior artilheiro do torneio Fotos: Reuters
Com a vitória, o título e o espetáculo, o Brasil cumpriu aquilo que o técnico Luiz Felipe Scolari prometeu desde que assumiu o cargo em novembro. Mandou uma mensagem clara aos rivais: está entre os favoritos para conquistar a Copa do Mundo do ano que vem, quando também jogará em casa.
O título é o quarto da Seleção Brasileira, maior campeã da história da Copa das Confederações. O Brasil venceu também as edições de 1997, 2005 e 2009. Agora, a meta é acabar com uma escrita: sempre que faturou o torneio, decepcionou na Copa do Mundo do ano seguinte.
Com os dois gols que marcou ontem, Fred assumiu a artilharia do torneio, empatado com o espanhol Fernando Torres, ambos com cinco. E o atacante brasileiro ainda deu azar: não teve o privilégio de enfrentar o fraco Taiti na primeira fase. Mas o grande nome da conquista do Brasil foi mesmo Neymar.
Pela parte da Espanha, a derrota encerra _ ou pelo menos coloca em dúvida _ um período de seis anos dominando o futebol mundial. Nesse período, venceu duas edições da Eurocopa e a Copa do Mundo de 2010 _ já eram 29 jogos de invencibilidade em competições oficiais.
O jogo
Logo no primeiro minuto de partida, o Brasil tentou dar show, mas lembrou que gol feio também vale. A jogada começou com Hulk, que arriscou um passe de chaleira e tocou torto.
No entanto, a bola caiu em Oscar, que devolveu para o atacante. Da ponta direita, ele cruzou na área. Fred resvalou, a bola bateu no calcanhar de Neymar, na mão de Arbeloa e voltou para Fred. Mesmo caído, ele conseguiu o gol que abriu o placar com apenas um minuto.
Era só o começo de um jogo emocionante. Empurrado pela torcida, que começou a cantar que "o campeão voltou", o Brasil fechou as portas para as trocas de bola da Espanha e assustou quando chegou ao ataque.
Aos 13 minutos, a equipe brasileira marcou pressão no campo de ataque, Paulinho e Oscar cercaram Iniesta, roubaram-lhe a bola e o volante, esperto, tentou bater de cobertura. Casillas conseguiu se recuperar, mas a bola ainda bateu na trave.
Aos 41 minutos, Pedro recebeu passe de Mata e, sozinho diante Julio Cesar, bateu rasteiro para "quase" empatar, mas David Luiz tirou a bola de carrinho, a um metro da linha do gol, evitando o empate.
O Brasil mostrava que aprendeu com a Itália, que só perdeu nos pênaltis na semifinal contra os espanhóis, e se lançava rápido ao ataque sempre que tinha a posse da bola. Aos 43 minutos, Oscar recebeu passe de Neymar e esperou o atacante sair da posição de impedimento para devolveu a bola. O craque recebeu e bateu forte para o fundo da rede, fuzilando Casillas.
Golpe final
A Espanha voltou para o segundo tempo com Azpilicueta no lugar de Arbeloa. O lateral não só não conseguia parar Neymar como já tinha cartão amarelo.
Mas o defensor do Chelsea nem tocou na bola e o placar já estava 3 a 0. Marcelo começou a jogada, mas foi Hulk quem lançou Neymar. O craque aproveitou que a bola foi um pouco atrás e fez o corta-luz, surpreendendo os espanhóis. Aí, chegou fácil até Fred, que bateu de primeira, com a chapa do pé, no canto esquerdo baixo de Casillas.
Mesmo precisando de pelo menos três gols, o técnico Vicente Del Bosque foi conservador. Para colocar novo gás com Jesus Navas, tirou Juan Mata. No papel, o time não mudou.
Mas logo Jesus Navas conseguiu um pênalti, sendo tocado na área por Marcelo. Sergio Ramos colocou a bola embaixo do braço e foi para a cobrança, mas mandou à direita do gol de Julio Cesar, que estava nela. A batida ainda resvalou na trave e saiu.
O melhor em campo, Neymar tentou uma jogada individual aos 22 minutos. Atravessou o campo de ataque na corrida, com a bola dominada, pelo meio, e depois de driblar Piqué, o último homem da defesa espanhola, levou um pontapé por trás. O zagueiro recebeu o cartão vermelho e sequer reclamou.
Força das arquibancadas
Dali em diante, o show ficou por conta da torcida, que já havia dado o tradicional espetáculo na hora do Hino Nacional. Enquanto eram dominados, os espanhóis tiveram que ouvir de tudo, inclusive o grito de "olé".
Pedro e Villa ainda deram trabalho com chutes cruzados só para Julio Cesar suar a camisa. No fim, o que todos esperavam: o Brasil é tetracampeão.
Autor de dois gols na final, Fred pode deixar o Flu
O futebol inglês poderá ter mais dois jogadores da Seleção Brasileira após a Copa das Confederações. Um, o volante Paulinho, está praticamente certo. O destino será o Tottenham. O outro, o atacante Fred, artilheiro do Brasil na Copa das Confederações, está na mira do Manchester City, mas o Fluminense afirma não ter recebido ainda nenhuma proposta pelo seu artilheiro.
O atacante do Fluminense, Fred, interessa ao Manchester City, O jogador prefere ficar no Brasil, mas o clube carioca tem interesse na negociação
Paulinho vai para o Tottenham em troca de R$ 58 milhões. A negociação foi concluída na semana passada e será concretizada nos próximos dias. "Está tudo certo, só falta assinar", garantiu uma pessoa ligada ao jogador de 24 anos.
Autor de dois gols na final de ontem contra a Espanha, Fred entrou na mira do Manchester City por suas boas atuações pela Seleção desde o amistoso contra a Inglaterra realizado em 6 de fevereiro em Londres. Passou a ser considerado opção real depois que foi decidida a saída de Tevez - o argentino foi para a Juventus de Turim.
O atacante diz não querer sair do Fluminense nem do futebol brasileiro. Alega que já teve longa experiência na Europa e que está feliz "em casa".
O problema é que tanto o Fluminense quanto a Unimed, responsável pelo pagamento de seus salários, enxergam o interesse inglês como uma boa oportunidade de negócio.
Preleção
Após a vitória de ontem, Fred revelou que Carlos Alberto Parreira, hoje coordenador técnico da Seleção e antes comandante do tetracampeonato de 1994, foi muito feliz na preleção da decisão desse domingo ao reforçar a importância histórica do time nacional.
"Dava (para esperar o título) porque nossa equipe trabalha muito, tem muito valor. O Parreira falou para a gente na preleção uma das coisas mais certas, que o futebol tem hierarquia e a nossa Seleção é a mais vitoriosa do mundo, jogávamos em casa", destacou o goleador, que foi o autor de cinco gols do time verde e amarelo na competição.
Para Del Bosque, rival foi melhor
Atual campeã mundial e bicampeã europeia, a Espanha foi completamente dominada pelo Brasil na final da Copa das Confederações, neste domingo, e perdeu por 3 a 0 no Maracanã.
Nos números, foi melhor _ deu 15 chutes a gol contra 14 dos brasileiros, teve oito escanteios a favor e maior posse de bola _, mas, dentro de campo, foi absolutamente inferior.
Tanto o Brasil foi melhor que o técnico Vicente del Bosque nem procurou desculpas para a derrota _ descartou até mesmo um suposto cansaço de seus jogadores, todos em final de temporada e sofrendo com o calor brasileiro. Só lamentou o momento em que saíram os gols. "Não quero minimizar nem arranjar desculpas para a vitória do Brasil, que foi melhor, mas é verdade que tivemos um pouco de azar no começo da partida e no fim do primeiro tempo, quando sofremos os gols", disse.
Para o treinador, que levou a Espanha ao título da Copa do Mundo de 2010 e da última Eurocopa, a Seleção Brasileira mereceu ser campeã em casa.
"O Brasil mostrou mais energia em cada ação, tem que receber os parabéns. Eu saio feliz com meus jogadores, que se entregaram ao máximo e fizeram uma boa competição", comentou Del Bosque, ainda no gramado do Maracanã, antes da cerimônia de premiação.
Os jogadores seguiram o discurso do treinador, reconhecendo a superioridade brasileira na final deste domingo. "Foi um desses dias em que nada dá certo. Vivemos a outra cara desse esporte: não é sempre que se ganha", afirmou o zagueiro Sergio Ramos, que chegou a perder um pênalti no segundo tempo.
"Quero parabenizar um grande Brasil, que soube jogar com a Espanha", completou o defensor do Real Madrid..
Fonte: Diário do Nordeste
Nenhum comentário:
Postar um comentário