No início, parecia uma aula. Se a maior preocupação era com a força física rival, a resposta vinha na técnica. Nos dois primeiros sets, nada parava os ataques brasileiros. Nem mesmo o temido Sokolov se mostrava tão forte assim. Para ir à final da Liga Mundial, porém, o Brasil precisava ter seus percalços.
A Bulgária, por um momento, cresceu e tirou um set do que seria uma vitória perfeita. Mas a seleção voltou a contar com um Wallace inspirado. Assim como na partida contra o Canadá, o oposto do Cruzeiro brilhou e garantiu a vitória por 3 sets a 1, parciais 25/12, 25/17, 23/25 e 25/16, em Mar del Plata. Um novo encontro com a Rússia, então, estava marcado.
O Brasil volta à quadra às 20h deste domingo com a missão de conquistar seu décimo título de Liga Mundial. Diante da Rússia, algoz nos Jogos de Londres, a seleção tenta dar gás à renovação da equipe com uma conquista logo no início do novo ciclo olímpico. O SporTV transmite a partida, e o GLOBOESPORTE.COM acompanha tudo em Tempo Real.
Wallace encara o potente bloqueio búlgaro (Foto: FIVB)
Se a lesão de Vissotto preocupa, Wallace tem mostrado serviço em quadra. Neste sábado, o oposto saiu do jogo com 24 pontos, enquanto Lucarelli fez outros 15. Pelos búlgaros, Aleksiev marcou 16.- Eles entraram para o tudo ou nada no saque e foi difícil de segurar. Depois, fomos tentando contornar a situação até chegar parelho. Se eles sacassem daquele jeito, ganhavam o jeito. Como eu já tinha falado, estou sempre preparado. Não é diferente dessa vez. Tento ajudar a equipe da melhor forma possível - disse Wallace.
Wallace voa, e Brasil vai à final
Como se fosse uma barreira, com apenas um jogador abaixo dos dois metros de altura, a Bulgária entrou em quadra com a promessa de um jogo duro. Mas, se o diferencial da equipe é a força, que fosse assim. O Brasil logo se mostrou pronto. Com Isac no lugar de Eder, poupado com dores no joelho, além de Wallace na vaga de Vissotto, a seleção teve um bom início. Com um jogo solto, a equipe nem precisou de muito esforço para se impor diante dos rivais. Bruninho, de costas, levantou para Wallace soltar o braço: 8/6.
No início do segundo set, a tal força física búlgara também não apareceu. O Brasil manteve o ritmo no retorno à quadra e logo disparou no placar. No ataque em diagonal de Wallace, a seleção abriu 5/0. Em um primeiro momento, os europeus ensaiaram uma reação, mas a equipe de Bernardinho soube controlar os nervos.
Bruninho prepara a bola para o ataque de Isac
(Foto: FIVB)
Àquela altura, Wallace e Lucarelli sobravam em quadra. Bruninho, com levantamentos precisos para os dois, fazia com que os rivais sambassem do outro lado, sem saber como parar os ataques brasileiros. Com a vantagem, Bernardinho fez a inversão 5 por 1 e mandou William e Lipe para a quadra, nos lugares de Bruninho e Wallace. As mudanças não pararam a aula brasileira. Em uma invasão do líbero búlgaro, a seleção fechou em 25/17.(Foto: FIVB)
Mas estava muito fácil. Depois do intervalo, que contou com uma apresentação de dança em quadra, a seleção relaxou. E a Bulgária, enfim, se mostrou forte. Bratoev soltou o braço ao sacar, e a recepção brasileira não conseguiu evitar o ponto. Pela primeira vez na partida, os europeus abriram quatro pontos no placar (8/4). Mas os búlgaros queriam mais. Alexsiev encheu a mão, explorou o bloqueio brasileiro e abriu 11/6.
O que parecia tão simples já não era mais. A Bulgária endureceu de vez o jogo e manteve o ritmo no quarto set. Mas a seleção soube retomar o controle da partida com rapidez. Aos poucos, pelas mãos de um incansável Wallace, o Brasil abriu boa distância no placar. Os búlgaros, então, perderam o gás. No fim, para fechar a conta, Bruninho levantou com uma só mão, e Lucarelli cravou: 25/16.
Fonte: globo.com
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