segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Nove mil toneladas retiradas do esgoto em 2013

               
Além de provocar extravasamento na rede coletora, o lixo precisa ser retirado até a Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) Foto: Agência Diário / Rodrigo Carvalho
Além de provocar extravasamento na rede coletora, o lixo precisa ser retirado até a Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) Foto: Agência Diário / Rodrigo Carvalho
As chuvas, sempre muito bem-vindas na região Nordeste, pela promessa de prosperidade.

Porém, com elas, nas áreas urbanas, o uso indevido da rede de esgoto pode ocasionar transbordamentos e obstruções.

A Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) informa que foram retiradas do sistema de esgoto de Fortaleza 7.429 toneladas e 9.669 toneladas de lixo, nos anos de 2012 e 2013, respectivamente.

A limpeza preventiva, feita periodicamente, é uma das ações realizadas pela Companhia nas tubulações de esgoto para evitar transtornos à população. No entanto, nesses períodos chuvosos, os moradores devem ficar atentos e ter alguns cuidados para evitarmos transbordamentos e obstruções na rede de esgoto, muitas vezes causados pelo mau uso do sistema coletor.

O sistema de esgoto no Brasil é definido como separador absoluto. Nesse sistema, a rede de esgoto não é dimensionada para receber água de chuva. Por isso, não saber diferenciar os dois tipos de rede prejudica o meio ambiente, além de diminuir a qualidade de vida.

Outro fator que contribui para os extravasamentos de esgoto é o despejo indevido de resíduos sólidos (lixo) na tubulação de esgoto.

O lixo é retirado de várias formas: no momento do tratamento de esgoto, dentro da própria estação; na rotina de manutenção dos poços de visitas; e em limpezas mais profundas, no interior das tubulações de esgotos.

Esgoto e drenagem

Apesar de a rede de coleta de esgoto ser diferente da rede de drenagem pluvial. Muitos não conseguem ainda diferenciar as duas. Enquanto a primeira, recolhe o esgoto dos imóveis, in natura, por uma rede que direciona o efluente até uma estação de tratamento; a segunda, de responsabilidade das prefeituras municipais, permite o escoamento das águas de chuva que, depois de captadas por galerias, são lançadas nos mananciais, sem a necessidade de tratamento.

A Companhia ressalta que algumas diferenças entre rede de drenagem e rede coletora de esgoto podem ser facilmente identificadas pela população.

As bocas de lobo (como são popularmente conhecidas), por exemplo, pertencentes à rede de drenagem pluvial, têm formato retangular e situam-se sempre próximas às calçadas das vias.

Os poços de visita (PVs) da rede coletora de esgoto localizam-se mais distantes das calçadas, fechados por tampas de metal e possuem a inscrição da Cagece. Outra forma de distinguir as duas redes é observar se são feitas em tubos em PVC (rede de esgoto) ou manilhas de concreto (rede de drenagem).

Como evitar extravasamentos

A Companhia orienta que as águas servidas e os dejetos advindos dos banheiros devem ser despejados nas tubulações de esgoto. Já as águas das chuvas, dos quintais e das ruas têm como destino o sistema de drenagem.

Essas águas deságuam nos mananciais sem precisar de tratamento.
Todos os resíduos sólidos jogados nas redes de esgotos acumulam-se nas tubulações, podendo causar entupimento e transbordamento do esgoto nas vias públicas.

É uma prática frequente da população jogar papel, resto de comida e outros objetos, direto no vaso sanitário. É comum, também, abrirem seus ralos de quintais para despejarem detritos não desejáveis. Isso pode acarretar, além de mau cheiro, problemas de saúde pública.

Outro fator que a Cagece esclarece é que a retirada do tampão do esgoto para a água da chuva, que se encontra na rua, escoar, é outra ação que pode ocasionar transbordamento, pois a rede de esgoto não é dimensionada para receber água de chuva.

Para evitar tais transtornos, como o dos extravasamentos, é preciso repensar hábitos e comportamentos. A Assessoria de Imprensa da Cagece destaca que já foram sensibilizados, nos dois últimos anos, aproximadamente, 31 mil pessoas, por meio de palestras, visitas domiciliares e visitas de despoluição.

Fonte: Diário do Nordeste

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