quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Telebras anuncia construção de cabo submarino de fibra ótica que vai ligar Fortaleza à Europa

 

Cabo deverá ser usado prioritariamente para comunicação de dados


Para viabilizar as obras, a Telebras irá constituir uma empresa, a Joint-Venture Company (JVCo), que será formada com participação acionária de 35% da Telebras, além de 20% de fundos de investimentos e 45% da IslaLink Submarine Cables. O  Conselho de Administração da Telebras autorizou na última terça-feira (14) a assinatura do pré-acordo de acionistas.

A Telebras acredita que até junho toda a parte burocrática para abertura da empresa será resolvida e espera que em julho deste ano as obras sejam iniciadas.  A previsão é de que o cabo entre em operação 18 meses após o início das obras. O investimento projetado é de US$ 185 milhões.

Escritório será aberto em Fortaleza

Até junho, a Telebras pretende abrir um escritório em Fortaleza. A ideia é que este funcione com dois objetivos: o primeiro é acompanhar a construção do cabo submarino, e o segundo é trabalhar na parte comercial, negociando conexões de fibra ótica para pequenos provedores. Para suprir a demanda deste novo escritório, a Telebras afirmou que irá convocar os aprovados no último concurso, que foi realizado em 2013.

25 mil km de fibra ótica construídos

De acordo com a assessoria de comunicação do órgão, desde a sua reativação, em 2010, a Telebras investe em uma rede de longa distância para cobrir todas as regiões brasileiras. As obras estão em fase de conclusão do anel ótico, que vai atender a FIFA para transmissão de vídeos de alta definição (HDTV) dos jogos da Copa do Mundo de 2014.

Ainda segundo a assessoria, essa fibra ótica também atenderá ao Programa Nacional de Banda Larga (PNBL). No final de 2013, mais de 25 mil quilômetros da  rede foram construídos. No início deste ano, a fibra ótica deve chegar aos estados da Amazônia e do Amapá

A Telebras também tem uma parceria com a Angola Cable, na construção de um cabo interligando aquele país africano. “Nossa participação nesse projeto da Angola Cable é ceder um ponto de aterragem para o cabo que eles estão construindo até os Estados Unidos, com passagem pelo Brasil. O ponto de aterragem será em Fortaleza”, informou o ex-presidente da Telebras, Caio Bonilha, durante entrevista coletiva nesta quarta-feira. 

Atualmente, há cinco cabos submarinos ligando o Brasil e o exterior, sendo que quatro deles vão para os Estados Unidos e apenas um para a Europa.

Troca de presidente

O ex-presidente Caio Bonilha  também explicou nesta quarta-feira sua decisão de deixar a empresa. Em seu balanço de gestão, Bonilha disse que antecipou sua saída da empresa – ele tinha mandato até abril de 2015 – por entender que a Telebras entrou em um novo ciclo de funcionamento, agora voltada para atender as redes de governo, com mais segurança, investindo na construção de redes de fibra óptica metropolitanas, além de se dedicar à conclusão de outros projetos que já iniciou, como a compra do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação Estratégica (SGDC) e também à ampliação do PNBL aos municípios mais distantes e isolados do País.

Fonte: Diário do Nordeste

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