Cid minimiza situação de PMs sem arma e coletes
O governador Cid Gomes classificou a denúncia como crítica da "oposição" e recomendou que "adversários" procurem assuntos sériosO governador Cid Gomes (Pros) minimizou, ontem, a situação dos policiais militares flagrados realizando policiamento ostensivo nas ruas da Capital, no último fim de semana, sem equipamentos de proteção, como coletes balísticos e armamento. Conforme
O POVO publicou ontem, os militares fazem parte da turma de 1.097 profissionais recém-formados, que serão distribuídos em batalhões que cobrem a Região Metropolitana, denominada pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social como “cinturão vermelho”.
O governador classificou a denúncia como crítica da “oposição” e recomendou que os “adversários” procurassem coisas sérias para reclamar. “Reclamam porque não tem (colete)... O policial, não necessariamente, está numa postura de correr risco. No mundo todo você vê policiais sem colete à prova de bala. Não é toda hora que ele tem a necessidade de ter um colete à prova de bala. O colete à prova de bala é usado em tais situações”, disse Cid Gomes.
O governador se recusou a esclarecer quais situações seriam essas em que colete e armamento são necessários. Cid Gomes comentou o assunto durante cerimônia de recepção a 212 profissionais formados no exterior que concluíram o curso de formação do programa Mais Médicos.
Situação irregular
O PM que trabalha sem esses itens de segurança contraria determinação do próprio Comando-Geral da Polícia Militar, segundo o qual é obrigatória a utilização, durante o desenvolvimento de atividades ostensivas, de colete à prova de balas e armamento.
“Criticar porque você está ampliando o contingente de Polícia na rua? Brincadeira”, ironizou Cid. “Mostra uma incoerência. Há pouco tempo, diziam que não tinha policial. A gente bota policial e a oposição vai dizer que o policial não está preparado.”
Na tarde de ontem, a assessoria jurídica do vereador e presidente da Associação dos Profissionais de Segurança Pública do Ceará (Aprospec), capitão Wagner de Sousa, protocolou ações, por cometimento de crime militar, contra a PM junto ao Ministério Público Militar e à Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD).
Fonte: O povo
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