sábado, 30 de novembro de 2013

PT e PMDB trocam acusações por trabalho escravo e crime eletoral

Dirigentes do PT e do PMDB no Rio de Janeiro trocaram acusações hoje, dois dias depois de os petistas adiarem sua saída do governo do peemedebista Sérgio Cabral.

Em seu discurso de posse, o novo presidente do PT-RJ, Washington Quaquá, acusou a família do presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani, de explorar trabalho escravo em suas fazendas.
O deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), filho de Jorge Picciani, reagiu acusando o petista de cometer crime eleitoral. O embate foi iniciado pelo deputado peemedebista.

Em entrevista ao jornal "Extra", ele afirmou que os petistas adiaram a entrega de cargos no governo Cabral para garantir o 13º salário em dezembro.

Quaquá reagiu com irritação. "Fico feliz que a família Picciani agora se preocupe com direitos trabalhistas. Eles foram denunciados por usar trabalho escravo em suas fazendas", disse, em ato no Sindicato dos Bancários do Rio.

Procurado pela Folha, Leonardo Picciani disse que as suspeitas sobre o uso de trabalho escravo foram arquivadas.

"É diferente do caso de Quaquá, contra quem ainda pesam várias denúncias feitas por integrantes do seu próprio partido", afirmou.

As acusações

Em 2003, o presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani, foi autuado pelo Ministério Público do Trabalho por uso de trabalho escravo na fazenda Agrovás. A ação foi extinta em acordo no qual o peemedebista pagou R$ 250 mil.

Washington Quaquá foi condenado duas vezes em 2013 à perda dos direitos políticos por oito anos. No primeiro caso, com sentença já confirmada pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral), foi acusado de pagar R$ 300 a moradores que participaram de um ato oficial.

Na última segunda-feira, o petista foi condenado novamente, na primeira instância, em ação que o acusa de dar gratificações a servidores com fins eleitorais. Quaquá nega as duas acusações e recorre para tentar recuperar os direitos políticos.


Fonte: Diário do Nordeste

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