Centro de Triagem é inaugurado
Secretaria receberá presos oriundos das Delegacias e, em 15 dias, irá encaminhar para o sistema penitenciário
Presos que estavam recolhidos nas Delegacias da Capital foram levados ontem para a nova unidade que fará os encaminhamentos
Foto: Kléber A. Gonçalves
O Centro de Triagem possui 400 vagas rotativas, e servirá para coleta de informações para individualização da pena de cada pessoa que nele ingresse.
Após a primeira transferência recebida pelo Centro, a titular da Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus), secretária Mariana Lôbo, e o diretor do Departamento de Polícia Especializada (DPE), delegado Rommel Kerth conversaram com a imprensa.
Fluxo
De acordo com a titular da Sejus, a detenção em Fortaleza terá seu fluxo modificado em função da instalação do Centro.
"Nossa intenção é receber por uma única porta de entrada, de forma célere, todos os presos solicitados pelas delegacias de Fortaleza, desde que estejam com a documentação legal, não deixando represamento nestes locais. O Centro de Triagem ainda nos permite ir além e ter um mapa completo, um estudo aprofundado de quem é este interno e quais as possibilidades que teremos com ele durante todo o período em que estiver no sistema", apontou Mariana Lobo.
O novo fluxo prevê que, após detido em alguma unidade distrital ou especializada, o preso será levado para a Delegacia de Capturas e Polinter (Decap), que fará a identificação, juntada e o envio da documentação para o Centro de Triagem.
Em até 48h, o preso será abrigado provisoriamente no Centro por até 15 dias. De lá, será enviado para a Unidade Penal adequada ao perfil. O Centro de Triagem receberá os presos de segunda a sexta-feira, de 8h às 10h.
Ao chegar no Centro, o interno passa por equipamento de body scanner e é levado a um auditório, onde é apresentado o regulamento do sistema penitenciário. A seguir, é encaminhado ao setor de identificação, onde são colhidos dados de identificação e biometria, como voz, características físicas, tatuagens e outras peculiaridades.
No setor de saúde, são realizados exames como hemograma e teste rápido de tuberculose e Doenças Sexualmente Transmissíveis. A equipe psicossocial avalia e traça um perfil dos internos. Já o setor jurídico faz avaliações processuais dos presos.
O diretor do DPE comemorou a nova rotina, que propiciará melhor rendimento aos policiais civis das delegacias da Capital.
"Esse é um momento histórico pois as delegacias estão esvaziadas na Capital. Com as unidades situadas em bairros, manter os presos nelas representa um perigo para a sociedade. Temos convicção de que essa solução deverá se expandir em breve. Os policiais que ficavam vigiando presos já estão designados para suas verdadeiras funções de investigar crimes", disse.
Levi de Freitas
Repórter
Fonte: Diário do Nordeste
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