segunda-feira, 4 de novembro de 2013

13º deve ir para quitar dívidas

Brasília. Responsável por injetar R$ 143 bilhões na economia brasileira neste ano, sendo R$ 3,3 bilhões no Ceará, o 13º salário deve ser usado com cautela pelos trabalhadores.

Em vez dos presentes de Natal, o dinheiro extra, recomendam especialistas, deve ser empregado para pagar dívidas ou poupado para aliviar o impacto das despesas que costumam pressionar o orçamento familiar depois do Ano-Novo. Segundo Gilberto Braga, professor do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), a prioridade para o 13º deve ser a quitação de dívidas, principalmente o cartão de crédito rotativo e o cheque especial. "Essas são as modalidades com taxas de juros mais altas. Quanto mais rápido o consumidor conseguir se livrar dessas obrigações, melhor", adverte.

Endividamento
O consultor de varejo Alexandre Ayres acredita que o próprio momento econômico justifica o uso prioritário do 13º no pagamento de dívidas. "O endividamento dos consumidores não só está alto, como tem crescido de forma consistente neste ano. Sem dúvida, o uso mais prudente para o salário extra é a quitação de dívidas", explica.

Reserva para 2014
Depois do pagamento das dívidas, o 13º deve ser usado como reserva para as despesas de início de ano. De acordo com Braga, o planejamento ajuda a reduzir o peso de gastos como materiais escolares, renovação de matrículas escolares e impostos como o IPVA e o IPTU, cobrados nos primeiros meses do ano em alguns estados e municípios.

Braga sugere que o trabalhador ponha todas as despesas de início de ano numa planilha para ver o que pode ser pago com o 13º. "Embora o abono seja definido como uma gratificação natalina, na verdade, o consumidor deve se organizar para se beneficiar desse dinheiro até o início do ano seguinte. Somente se sobrar uma coisa no fim, o 13º pode ser usado para comprar os presentes de Natal", diz.

Fonte: Diário do Nordeste

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