terça-feira, 16 de dezembro de 2014

A origem do panettone

O termo panettone parece ter sido mencionado pela primeira vez em Oitocentos como um “típico doce milanês em formato de cúpula, tradicionalmente consumido em festas natalícias”. Porém, com exceção do local de nascimento, Milão, não há um consenso sobre a origem do panettone. A história mais difundida diz que, no século XV, um nobre teria se apaixonado pela filha de um padeiro chamado Toni. Foi então que – para conquistar o coração da moça e provar seu amor ao futuro sogro – ele se disfarçou de ajudante de cozinheiro e criou a receita de um pão que incluía frutas secas e cristalizadas e o chamou de “pane de Toni”. Outra história conta que o banquete de Natal de uma certa família Sforza estava sem nenhuma sobremesa. Foi aí que o jovem ajudante de cozinha – adivinha o nome dele?  – preparou um pão doce, o que teria salvado a ceia de natal.  Já os mais céticos afirmam que o termo panettone é simplesmente uma variante carinhosa de “panetto”, diminutivo de pão.

Entre lendas e histórias, o panettone permanece sendo feito com seu clássico processo de fermentação natural, que o faz presença viva no banquete de natal de famílias de todo mundo. Em Milão, o panettone é um patrimônio imaterial que envolve uma imensa cadeia turística-gastronômica – o orgulho dos milaneses é tanto que eles até promovem um concurso para eleição do melhor panettone do ano, o Re Panettone.
 

PARA REVIVER A TRADIÇÃO:

Panettone Fasano
À venda em Fortaleza no Empório Delitália, este panettone segue a tradicional receita italiana, com frutas secas e cristalizadas. É macio, leve e tem doçura na medida. Na worldwine.com, ele tem a opção de embalagem que acompanha a harmonização com espumante.


PARA DESCOBRIR:

Tradição que se renova, tal como o natal, o panettone vem ganhando versões cada vez mais inusitadas. Hoje, as variações são quase infinitas: trufados, com recheio de creme de avelã, de doce de leite, de cupuaçu, com cobertura de chocolate.

Em Fortaleza, as padarias, boulangeries e patisseries vêm oferecendo uma vasta oferta para todos os gostos, criando, inclusive variações salgadas e que incorporam ingredientes nacionais e regionais.

Panettones Neiva Terceiro: Descendente de portugueses e italianos, a padeira, seguindo a tendência de italiana, traz panettones salgados: tomate seco, provolone, bacalhau. Já os panettones doces ganham o toque regional da castanha de caju.

Sucrettones: desses panettones, assinados por Lia Quinderé, não fica só no nome, mas se faz notar, sobretudo nos sabores: compota de frutas vermelhas, doce de leite com amêndoas, torta brownie. Destaque para a brasileiríssima goiabada com queijo.
 

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