Cearenses são premiados em Olimpíada de Língua Portuguesa
Os três estudantes cearenses se destacaram contando as histórias de onde vivem“Um dia você vai ler um livro meu”. Quem faz a promessa é Ester de Araújo, 15, uma das cearenses vencedoras da quarta edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro. “A pessoa mais realizada do mundo”, ela se descreve, fazendo questão de mostrar toda a paixão que tem pela escrita. Junto ao Paraná, o Ceará foi o estado com o maior número de premiados: dois na categoria artigo de opinião e uma, Ester, na categoria crônica. O resultado foi divulgado ontem, em Brasília, com a presença dos 152 finalistas, 11 deles do Ceará, do 5º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio.
A melhor sensação, descreve a baixinha premiada, é saber que um objetivo foi conquistado. “Eu sinto como se tivesse ganhado o prêmio mais importante do mundo”. Ester, que escreveu a crônica “Exclusividade”, sobre um triângulo amoroso, é estudante da escola Adelino Cunha Alcântara, de São Gonçalo do Amarante, a 59 km da Capital, que também teve outra vencedora. Com “O oxente e o ok”, Joyce Correia, 16, opinou sobre a chegada de profissionais de diferentes locais à cidade com diversos modos de falar.
As duas garotas foram orientadas pela professora Tárcia Martins, a única a ter dois alunos premiados nesta edição da olimpíada. Foi tudo fruto de muito esforço, retoma Joyce. “Todo mundo é capaz”. Ela e os outros 19 vencedores ganharam um notebook e uma impressora, além de um laboratório de informática para a escola.
Defendendo a conservação da Praça Portugal, Carlos Iury Silva, 17, escreveu o artigo “Que rufem os tambores, não os tratores!”. Para ele, que é estudante da escola Renato Braga, o prêmio conquistado já foi um bom começo para a vida de dedicação à escrita que quer tomar. “A praça faz parte da cidade e da minha história. Vai ser bom porque o tema vai ganhar mais destaque”.
Fomentar a leitura e a escrita é um dos principais frutos da olimpíada, vê a gerente de educação da Fundação Itaú Social, Patricia Mota Guedes. “É uma oportunidade para a descoberta da capacidade de expressão, de olhar crítico, de reconhecimento das belezas e das dificuldades das cidades e do relacionamento com os professores”.
A participação dos estudantes na olimpíada tem influência direta nos resultados de indicadores educacionais, enfatizou o ministro da Educação, Henrique Paim, presente no evento. “Essa é uma celebração da língua portuguesa, e é um campo onde o Brasil tem de avançar cada vez mais”.
A repórter viajou a convite da Fundação Itaú Social.
Saiba mais
A Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro é uma iniciativa do Ministério da Educação (MEC) e da Fundação Itaú Social, com a coordenação técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).
Nesta edição, o programa recebeu 170.266 inscrições de professores de 5.014 municípios brasileiros. O Ceará foi o segundo estado com o maior número de textos enviados (5.665), atrás apenas de São Paulo (6.985).
A olimpíada é dividida em quatro categorias: Poema (5º e 6º anos), Memórias literárias (7º e 8º anos), Crônica (9º ano e 1º ano do Ensino Médio) e Artigo de opinião (2º e 3º anos). Em cada uma, foram premiados cinco alunos. Todos os gêneros têm o tema “O lugar onde vivo”.
Entre os 11 finalistas cearenses, sete estudam em escolas de Fortaleza, dois em São Gonçalo do Amarante, um em Pereiro e um
em Iguatu.
Fonte: o povo
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