Catar vai sediar a Copa de 2022, reafirma Blatter
Apesar das suspeitas de que o processo que culminou na escolha do Catar para receber o torneio tenha sido fraudulento, presidente da Fifa diz que acusações são infundadas
O presidente Joseph Blatter aproveitou para enfatizar a capacidade das nações do Oriente Médio de organizarem um megaevento
Foto: Reuters
"Em 2022 será no Catar e, senhoras e senhores, acreditem, com tudo isso que vem sendo dito justo por quem? Por quem não está envolvido com o futebol. A Copa do Mundo de 2022 será no Catar", afirmou o suíço, de 78 anos, aos membros da Confederação Asiática de Futebol em Manila, nas Filipinas, neste domingo.
As palavras, ovacionadas pelos dirigentes da Ásia, mostram como a Fifa encara as pesadas críticas feitas depois que a entidade se negou a publicar o relatório do investigador do comitê de ética Michael Garcia, que traz informações sobre os processos de escolha das sedes das Copas de 2018 e 2022.
Os resultados obtidos por Garcia foram compilados em um levantamento de 42 páginas publicado pelo juiz do comitê de ética da Fifa Hans-Joachim Eckert, elucidando os processos que levaram ao apontamento das sedes. Garcia, no entanto, afirma que o relatório contém distorções. A Fifa respondeu dizendo que não pode publicar o levantamento na íntegra por razões legais.
Perguntado se o relatório deveria ser publicado por inteiro, o presidente da entidade se limitou a responder: "Estamos indo agora para o comitê executivo com todos esses assuntos a serem debatidos no dia 19 (de dezembro), no Marrocos."
Indícios de corrupção
Uma reportagem do jornal britânico The Sunday Times revelou que há um dossiê revelando novos indícios de corrupção a respeito das candidaturas vencedoras de 2018 e 2022, encaminhado para um comitê no Parlamento britânico e publicado no sábado.
Blatter, no entanto, parece não se importar com os sucessivos episódios da saga e aproveitou a oportunidade para enfatizar a capacidade das nações do Oriente Médio de organizarem um megaevento.
"Será a primeira vez da Copa do Mundo em um país do mundo árabe, mas existe outra competição que eu gostaria de realçar: a Copa do Mundo feminina sub-17 em 2016. Pela primeira vez, levaremos esse torneio para o reino da Jordânia. É a confiança da Fifa de que o mundo árabe está apto a receber todas as competições", disse o suíço, que tentará um quinto mandato como presidente da Fifa em 2015.
Após o anúncio, a Federação de Futebol do Catar recebeu das mãos da Confederação Asiática de Futebol o Prêmio Dream Asia, que é dado à entidade que melhor utilizar o futebol como ferramenta social, enfatizando a responsabilidade social e a promovendo a cultura de caridade.
Fonte: Diário do Nordeste
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