quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Oferta de cimento subirá 56% com nova fábrica


Pela escassez na indústria, o produto vem sendo adquirido no varejo, o que pode encarecer as obras

Não há cimento suficiente para a quantidade de obras hoje em curso no Ceará. O problema que vem sendo relatado pelo setor de construção civil local, entretanto, deve começar a ser amenizado já no início do ano que vem, com a entrada em operação de mais uma cimenteira.


Localizada em Quixeré, a nova fábrica da Cimento Apodi irá acrescentar à produção estadual mais um milhão de toneladas anuais de cimento FOTO: DIVULGAÇÃO
Localizada no município de Quixeré, a nova fábrica da Cimento Apodi irá acrescentar à produção estadual mais um milhão de toneladas anuais de cimento, o que representa 56% de todo o volume produzido no Estado no ano passado.

De acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC), foram produzidos 1,77 milhão de toneladas de cimento no Ceará ao longo do ano de 2012, quantidade inferior apenas, no Nordeste, à de Sergipe (3,08 milhões de toneladas) e Paraíba (2,46 milhões de toneladas). Já nos sete primeiros meses deste ano, o volume no Estado chegou a 965,9 mil toneladas. Esse volume vem sendo considerado insuficiente pelas construtoras, que apontam esse como um dos maiores gargalos do setor, conforme mostrado em reportagem do Diário do Nordeste no início do mês.

Preço dos imóveis
A preocupação apontada pelo setor é que, pela escassez do produto nas fábricas, este vem sendo adquirido no varejo para que as obras não sejam atrasadas. Como um percentual de 12% a 15% do custo total de uma obra é com o cimento, há a preocupação de encarecimento futuro no preço dos imóveis novos.

Contudo, a Cimento Apodi afirma que a produção de sua nova unidade, em instalação a 176 quilômetros de Fortaleza e que será uma das maiores do Nordeste, já poderá ser comercializada em janeiro próximo.

A empresa, do empresário Ivens Dias Branco, já possui uma moageira localizada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), com capacidade máxima de 500 mil toneladas/ano de cimento.

Na edição do último dia 5 de dezembro, o Diário do Nordeste informou sobre o impacto da escassez de cimento na construção civil do Ceará
Operação
Diante do mercado aquecido, a empresa informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que está trabalhando "a todo vapor" para que a nova unidade esteja em operação o mais breve possível, assim como vem ampliando as operações na fábrica já existente. "A Cimento Apodi, na moageira do Pecém, está trabalhando os três turnos, de segunda a segunda, produzindo, portanto, a sua capacidade máxima", informa.

Além da Cimento Apodi, a Votorantim Cimentos está investindo na ampliação de sua produção local com a instalação de uma nova unidade. Com um investimento de R$ 700 milhões, a nova cimenteira ficará em Sobral, mas só entrará em operação em 2016.

Quando começar a funcionar, contudo, dará mais tranquilidade para a expansão do setor de construção civil no Ceará, uma vez que terá capacidade de produção de 1,8 milhão de toneladas/ano, que, segundo a empresa, será destinada ao mercado local e regional.

Abastecimento
Enquanto isso, a empresa vem abastecendo o mercado cearense por meio de suas fábrica já instaladas. "A Votorantim Cimentos informa que suas fábricas em Sobral e Pecém estão operando normalmente para abastecer o aquecido mercado regional", reforça. A planta de Sobral possui capacidade de produção de 1,3 milhão de toneladas, enquanto que a do Pecém pode produzir 220 mil toneladas por ano de cimento, além de 120 mil toneladas de argamassa/ano.
 
Fonte: Diário do Nordeste
 
 
 
 

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