segunda-feira, 24 de março de 2014

Aplicativos se tornam aliados da educação

                        

Estudantes passam a utilizar os aplicativos como ferramenta de aprendizagem e material de consulta

                  
 
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O tablet está cada vez mais presente na sala de aula, não somente como ferramenta para tornar mais prático o trabalho do professor, mas também como fonte de consulta e plataforma de aprendizagem
Foto: José Leomar
        
Com a ascensão da tecnologia mobile, os smartphones e tablets rapidamente se tornaram parte da vida das pessoas, inclusive dos estudantes. A princípio, os dispositivos móveis eram considerados como uma ferramenta essencialmente de comunicação e entretenimento, sendo um item de distração para os estudantes.

Depois de algum tempo, o cenário é outro. Aplicativos são criados e "baixados" todos os dias por crianças e jovens que buscam auxílio e aperfeiçoamento nas suas práticas escolares e acadêmicas.
"A cada ano, o professor está mais íntimo com essa nova ferramenta. Estão aparecendo mais opções no mercado porque hoje já se consegue comprar mais aplicativos.

A cada dia, há um investimento maior", diz Juzefina Menezes, supervisora do 1º ao 5º ano do colégio Farias Brito, sobre a nova realidade digital das escolas. Para a supervisora, os tablets ajudam muito devido à mobilidade, deixando as crianças mais soltas e relaxadas na construção do aprendizado.

No colégio Antares, o aplicativo "Rei da Matemática Júnior" faz sucesso entre alunos do 3º, 4º e 5º ano do Ensino Fundamental I. Segundo João Neto, supervisor de tecnologias educacionais, o recurso digital desenvolve a percepção e o entendimento das crianças e aguça o raciocínio lógico.

O Rei da Matemática é um jogo em um ambiente medieval que introduz os conceitos matemáticos de forma acessível e estimulante. O app tem versões para iOS e Android e pode ser baixado gratuitamente.

Crianças conectadas

Já no colégio Ari de Sá, o aplicativo "Ariê" se destaca no aprendizado das crianças. Para Telma Nobre, coordenadora de informática pedagógica, as crianças de 1 ano já sabem usar um tablet e aprendem brincando, com facilidade. Para a coordenadora, a tecnologia tem muito a contribuir, mas é necessário delimitar o uso. "A gente fala na reunião com os pais sobre a questão do controle. Para condicionar o tempo. O tempo para estudar e para jogar", disse Telma.

O aplicativo "Brincando com Ariê" conta com jogos de memória, para pintar e que auxiliam no processo de alfabetização. O app é pago e compatível com dispositivos iOS (US$ 2,99) e Android (R$ 2,46).

Felipe Queiroga, coordenador adjunto de informática educativa do colégio 7 de Setembro, explica que a partir dos 3 anos de idade, desde a educação infantil, já existe um trabalho voltado para o uso das tecnologias no processo de aprendizado das crianças.

Para ele, essa é uma tendência irreversível. "Não adianta andar contra. O retorno é positivo, os alunos se motivam mais para estar na aula. Quando fala de tecnologia, ele já se sente mais a vontade de participar. Quebra o processo tradicional", afirma.

Apps nas universidades

Nas faculdades e universidades de Fortaleza, a história se repete. Além de aplicativos como Facebook e WhatsApp, que há tempos auxiliam na hora dos trabalhos em grupo, apps específicos são criados para facilitar a vida dos universitários e contribuir com sua formação.

Entre os aplicativos mais utilizados pelos estudantes do curso de Direito da Universidade de Fortaleza (Unifor), a maioria é para consulta de legislação e questões de provas. O app "Vade Mecum Jurídico" conta com toda a legislação mais comumente usada no dia a dia dos profissionais da área, substituindo o tradicional livro volumoso em papel.

Já o app "OAB de Bolso" oferece questões e simulados de provas anteriores da OAB, além de comentários de texto e vídeo e informações sobre os exames da ordem. Os dois aplicativos são grátis e estão disponíveis para iOS e Android.

Sidney Guerra, professor e coordenador do curso de Direito do Centro de Ciências Jurídicas da Unifor, apoia e incentiva o uso dos aplicativos, além de se sentir bastante beneficiado pelas novas tecnologias. Segundo Sidney, alguns apps ajudam no planejamento e dão uma dinâmica diferenciada às aulas. Para ele, a adaptação às novas ferramentas foi rápida e natural.

O professor possui hoje mais de 3 mil livros digitais em seu tablet. Sidney disse ainda que há anos aguardava pela formação do cenário atual, pois a interação de alunos e professores com os novos dispositivos é fundamental.

Menos peso

A estudante de Direito do 10º semestre Helena Carvalho destaca os benefícios trazidos pelos aplicativos até mesmo à saúde dos alunos. De acordo com Helena, o peso dos livros causa um desconforto bastante comum entre os estudantes, mas os dispositivos móveis trouxeram a solução. "É mais fácil porque não precisa trazer tantos livros. Já tem tudo no tablet", diz.

Na área de saúde, os aplicativos também são bastante procurados. Os alunos do curso de Nutrição da Unifor geralmente compram os apps "Avanutri Mobile" (iOS, por US$ 1,99) ou o "Inutri" (Android, por R$ 46,78) para calcular gastos calóricos, consultar tabelas com as propriedades de alimentos, entre outras funções. Já os futuros enfermeiros utilizam o app gratuito "Enfermagem" (Android) que contém dicionários de termos técnicos, doenças, abreviações e as principais notícias da saúde.

Fonte: Diário do Nordeste

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