sábado, 22 de março de 2014

Movimentos realizados na tarde deste sábado (22) terminam sem conflitos           

Os grupos se reuniram para a 'Marcha da Família com Deus' e 'Marcha Antifacista'


Movimentos
Policiais evitaram que membros dos diferentes movimentos entrassem em confronto
Foto: Wilton Rodrigues

Com faixas, cartazes e palavras de ordem, cerca de 100 manifestantes participaram da 'Marcha da Família com Deus'. A mobilização aconteceu por volta das 15h, em frente ao quartel da 10ª Região Militar. Os participantes expuseram a insatisfação com o atual governo federal, chegando a defender a intervenção das Forças Armadas.

O Coronel reformado do Corpo de Bombeiros, Davi Azin, disse que a concentração se deu de forma espontânea. Ele lembrou que o ato em Fortaleza seguiu outras marchas defensoras da ação militar, que aconteceram em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Belo Horizonte.

"Nosso principal objetivo é fazer com que a população entenda que vivemos numa ditadura. isso se dá porque o Poder Executivo tem hoje o controle do Legislatico e do Judiciário, disse Davi, ao fazer referência aos recenter episódios envolvendo ministros e parlamentares no processo do Mensalão.

O número de pessoas reunidos a favor dos militares foi superior ao grupo que protestava contra a 'Marcha da Família com Deus'. No Passeio Público, cerca de 70 pessoas se reuniram para a 'Marcha Antifacista'.

O engeheiro agrônomo, João Antero, de 72 anos, participou da concentração no Passeio Público e se disse contra a marcha pró-militares. "Eu acho que esse movimento da Marcha da Família com Deus é um retrocesso.

Nós passamos por um período difícil na ditadura, em que o povo tinha a dificuldade de se manifestar livremente. Se eles querem criar um clima favorável aos militares, as forças democráticas tem que se manifestar para demonstrar a insatisfação com o movimento. Apesar de achar que os movimentos são legítimos", comentou.
 
Os manifestantes sairam em caminhada, por volta das 16h, pelas ruas Major Facundo e Castro e Silva com faixas, cartazes e palavras de ordem, contra o facismo. Ao chegar na Avenida Alberto Nepomuceno, em frente a Catedral Metrolitana de Fortaleza, uma barreira feita por cerca de 25 policiais do Batalhão de Choque e Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) impediu o grupo de avançar. Não houve tumulto.

De acordo com a Companhia de Choque, a mobilização policial tinha a finalidade de evitar que membros dos diferentes movimentos entrassem em confronto.

A movimentação no local chegou a assustar os comerciantes que participavam da Feira da Igreja Sé. Algumas pessoas pediram a retirada dos manifestantes por estarem afastando os clientes do local.O grupo que participava da Marcha Antifacista resolveu sair do local e foram para a Praça do Ferreira, quando os membros começaram a se dispersar.

Fonte: Diário do Nordeste

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