terça-feira, 1 de outubro de 2013

Preços mantidos conforme estoque

A partir de hoje fogões, máquinas de lavar, tanquinhos e geladeiras/refrigeradores voltarão a ter o Imposto Sobre Produto Industrializado (IPI) recomposto. Por isso, os consumidores interessados em comprar alguns destes produtos devem se apressar.

Sem expectativa de renovar abatimento, os lojistas garantem que o custo será repassado ao cliente final quando os novos produtos chegarem FOTO: ÉRIKA FONSECA

Com as alíquotas reajustadas entre 4% e 10%, os lojistas de Fortaleza disseram que o preço destes eletrodomésticos poderão se manter no mesmo valor de agora por cerca de um mês, devido ao estoque.

O reajuste do imposto segue as regras estabelecidas pelo Ministério da Fazenda para o IPI, que vem sendo reajustado gradualmente desde fevereiro deste ano e, agora, encerram-se. Para os produtos da linha branca a alíquota sobre o fogão sai de 3% para 4%; da geladeira vai de 8,5% para 10%; mesma da máquina de lavar que permanece em 10%; e o sobre o tanquinho passa de 4,5% para 5%.

Sem expectativa de um novo abatimento por parte do governo federal, os lojistas cearenses garantem que o custo do imposto será repassado ao cliente final assim que novos produtos adquiridos por eles sem o desconto cheguem às prateleiras.

"Até agora, os nossos compradores não fecharam negócio com os fabricantes, mas, assim que o fizerem, vai vir uma nova tabela", conta o gerente da Eletro Shopping da Rua Barão do Rio Branco (no Centro de Fortaleza), Samuel Silvestre.

O mesmo comportamento também é contado pelos representantes de outras lojas do Centro localizadas ao longo da mesma rua. O gerente do Atacadão dos Eletros, Felipe Souza, disse estar "esperando a matriz da rede se pronunciar" sobre a nova tabela, o que só deve acontecer dentro de um mês.

Na Zenir, o subgerente Vander Mendonça contou que a manutenção dos preços de fogões, geladeiras, máquinas de lavar e tanquinhos podem ficar até dois meses depois, devido à grande quantidade de produtos no estoques da rede no Estado.

Já na Insinuante, o gerente Gabriel Martins pondera que "não dá para prever quanto tempo pode segurar os preços". Conforme espera, o segundo semestre pode fazer jus ao título de período mais aquecido das vendas e esvaziar as prateleiras.

Setembro ruim

No entanto, o primeiro mês do chamado e tão conhecido B-R-O Bró não rendeu bons números ao varejo do Centro. Todos os gerentes reclamaram do período e chegaram até a "jogar a culpa" na greve dos bancários, "que deixou o pessoal sem dinheiro vivo na praça". No entanto, a paralisação dos bancários tem apenas duas semanas de duração. A confiança deles, agora, é que as pessoas retornem ao consumo nos próximos meses e aproveitem os preços ainda abaixo da média para os produtos da linha branca.

Este tipo de eletrodoméstico é tido como o que mais aquece as vendas dos lojistas e é sobre ele que recaem as maiores expectativas de impulsionar as vendas do segundo semestre deste ano.
 
Fonte: Diário do Nordeste

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