domingo, 9 de março de 2014

Compartilhamento gera marketing gratuito




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A jornalista Ariane Cajazeiras e sua mãe, Regilane Cajazeiras, enxergaram na internet uma maneira de expor de forma fácil o que produzem e divulgar gratuitamente por meio do Facebook aumentando o público consumidor

FOTO: DIVULGAÇÃO

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Segundo Fernanda Meireles, o nome Loja Sem Paredes veio para deixar claro que ela tem coisas para vender que vão aonde o cliente for

FOTO: ALEX COSTA

Dizem que, na vida, uma coisa leva a outra. E nas redes sociais não é diferente. No entanto, esta frase pode ser reescrita dizendo que um compartilhamento leva a outro. E este é um dos principais benefícios vistos por quem utiliza as redes sociais para vender: colocar em evidência seus produtos e gerar um marketing espontâneo e gratuito, a partir da rede de compartilhamento que uma única postagem pode criar. Também é essa a opinião da jornalista Ariane Cajazeiras, que viu no Facebook uma oportunidade de ampliar a divulgação dos produtos confeccionados pela mãe, criando até uma marca própria: Romantisch Ateliê.

"Eu vendo e minha mãe, Regilane Cajazeiras, é quem, de fato, produz. Vi na internet uma forma de expor os produtos de modo fácil, já que o Facebook é gratuito e sempre muito frequentado. Quanto mais a gente compartilha (os produtos), mais visibilidade temos. Muitas clientes viram no Facebook de amigos e chegaram a nós. Dessa forma, nosso público consumidor não fica mais restrito a familiares e amigos", relata Ariane.

Assim como ocorre com os compartilhamentos nas redes sociais, uma coisa também levou a outra na variedade de produtos confeccionados pela Romantisch. Primeiro, foram as bijuterias, que, com toques artesanais e divertidos, conquistaram o público feminino.

Depois, vieram itens de decoração exclusivos e feitos à mão, como banquinhos, capas de almofada, espelhos etc. Isso além de itens de uso pessoal, como capas para celular e almofadas para pescoço; lembrancinhas de festas infantis; e peças para enxoval de bebê. As novidades surgem a cada dia e os produtos vão se multiplicando na Romantisch, onde o céu é o limite para a criatividade.

Aposta na diversificação

"Começamos apenas com bijuterias, há uns seis anos, e depois com artesanatos em tecido, quadros, produtos costurados à mão, banquinhos e lembrancinhas para festas, há uns três anos", lembra. A diversificação dos produtos foi surgindo a partir de experimentos feitos pelo ateliê e também da demanda dos consumidores, que hoje podem escolher com calma os itens que desejam, a partir da página da Romantisch, e encomendar os produtos conforme o seu gosto e estilo.

Atualmente, segundo Ariane, as vendas geradas a partir do Facebook representam cerca de 50% do total que é comercializado pelo ateliê. "Isso porque muitas vezes até os próprios amigos de trabalho ou familiares veem primeiro na internet e depois fazem a encomenda. Em termos de vendas é mais ou menos isso.

Mesmo quando a encomenda é feita pessoalmente, eu recomendo que a pessoa fale comigo no Facebook, porque eu posso passar sugestões, modelos de produtos, de acordo com a demanda do cliente", explica.

"As vendas são feitas assim: a gente negocia o preço, a pessoa deposita 50% na minha conta pessoal e marcamos o encontro para entrega e pagamento do restante", acrescenta.

Sobre a possibilidade de criar uma loja virtual, ela diz que até já pensou, mas, como possui outro trabalho, ficaria difícil manter o empreendimento, uma vez que seria necessário uma maior dedicação. Por hora, ela se diz satisfeita com os resultados que o Facebook proporciona e pretende continuar utilizando a rede social para impulsionar as vendas. "Para o meu contexto, o Facebook é melhor", conclui Ariane Cajazeiras. (DM)

Produtos em qualquer lugar

O que você conseguiria carregar em uma pequena mala? A arte-educadora Fernanda Meireles consegue carregar muitos sonhos, alegria e o charme de produtos como cartões e cartazes confeccionados por ela à mão e que caíram no gosto dos consumidores que apreciam peças exclusivas e artesanais.

A mala, também feita de forma artesanal, acompanha Fernanda por onde ela vai, sempre levando seus produtos para expor em locais como feiras livres, restaurantes e até na casa de amigos. Foi por isso que ela se tornou símbolo da Loja Sem Paredes, anunciada no Facebook como detentora do "maior estacionamento da cidade, além de ser móvel e bastante ventilada".

"O nome Loja Sem Paredes veio para deixar claro duas coisas: que eu tenho coisas para vender comigo e que elas vão comigo para onde eu for", explica.

Mas antes mesmo de encher sua malinha e sair por aí, é nas redes sociais que Fernanda expõe seus produtos, atraindo mais clientes e abrindo um canal direto de comunicação com o público, que pode tirar dúvidas e encomendar as peças preferidas.

É também com a ajuda da internet que ela divulga sua programação de exposições, tornando mais fácil para o público encontrá-la pessoalmente, uma vez que ela divide seu tempo entre a Loja Sem Paredes e o exercício de outras atividades profissionais.

"O Facebook ajudou a aumentar o número de pedidos, pois muita gente não sabia que a loja existia. O difícil é que eu faço tudo sozinha: criação, serviços em gráfica, molduras, exposições e o marketing da loja", conta, acrescentando que o contato com público não se restringe às redes sociais.

Mais visibilidade

As redes sociais, de fato, deram mais visibilidade aos trabalhos da artista, que confeccionou os primeiros postais em 2001. "Comecei fazendo postais manuscritos, que eu vendia na universidade", lembra. De lá para cá, ela passou a explorar outros talentos e os produtos foram se multiplicando: postais, cartazes, adesivos, placas, quadros, garrafas personalizadas etc.

O que também cresceu foi o número de "fãs" no Facebook - hoje são quase dois mil. Os produtos expostos nas redes sociais vão conquistando mais admiradores e ganhando espaço na casa das pessoas, o que até já fez Fernanda pensar em uma "loja com paredes".

"Mas isso implicaria em muita coisa, em rotina, por exemplo", diz. Por enquanto, os consumidores poderão continuar encontrando a Loja Sem Paredes na internet, em feiras e em alguns restaurantes de Fortaleza, sempre carregando na mala itens exclusivos. (DM)

Usuário deve ficar atento ao comprar

Quem já comprou a partir das redes sociais aprova a nova forma de comércio, sobretudo pelo contato direto que ela possibilita com o vendedor. No entanto, assim como em outras formas de compra, é preciso tomar alguns cuidados a fim de evitar problemas. A dica é do estudante universitário Ítalo Magno Cajazeiras, que, há mais de um ano, compra pela internet com o auxílio das redes sociais.

"Uso o Facebook porque é mais fácil de se comunicar com os vendedores e é uma das mais populares para se anunciar. Essa facilidade de se comunicar com os vendedores é uma das principais vantagens dessa rede social. Além disso, (os produtos anunciados) não costumam demorar muito para vender, e se forem da mesma cidade (vendedor e comprador), fica mais fácil de combinar um lugar propício para os dois se encontrarem e efetivarem a compra ou troca", opina.

Com relação às desvantagens em comprar pelas redes sociais, ele destaca a insegurança. "Se não forem dois da mesma cidade, nem todas as pessoas confiam em mandar coisas pelos Correios. E mesmo sendo duas pessoas da mesma cidade, não há 100% de segurança de que as duas partes da negociação são confiáveis", alerta.

A falta de informações mais claras sobre produtos e regras que envolvem o processo de compra/venda também é outro ponto que, na opinião do estudante, precisa ser melhorado em alguns ambientes do e-commerce.

"Se forem pessoas da mesma cidade, a negociação fica mais fácil, custa menos e a probabilidade de que você seja enganado é menor. Já por outros sites de compras, existem algumas regras que, teoricamente, ajudam o comprador e o vendedor, mas falta tanta explicação que a pessoa novata àquele mundo de compras virtuais é uma presa fácil pra qualquer vendedor/comprador mal intencionado", afirma.

Cuidados

Para ele, a redução da burocracia, explicações mais claras e acessíveis e um sistema de segurança mais eficiente são alguns fatores que poderiam ser melhorados no comércio online, de um modo geral. Mas enquanto essas melhorias não chegam, o ideal é tomar alguns cuidados ao comprar pela internet.

"O consumidor deve procurar comprar por uma rede social que seja popular, procurar alguém que já comprou e pedir ajuda. Também é interessante dar preferência para anúncios da sua cidade e marcar (o encontro com o vendedor) em lugares em que você conhece e que forneçam um mínimo de segurança", aconselha. (DM)

Fonte: Diário do Nordeste

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