sexta-feira, 14 de março de 2014

Dilma nomeia seis novos ministros            

Vinicius Nobre Lages, Gilberto Occhi, Clélio Campolina, Miguel Rosseto, Eduardo Lopes e Neri Geller assumirão

                  

Dilma e Temer
Em meio ao fogo cruzado de aliados, inclusive do PMDB partido do vice-presidente Temer, Dilma empossa ministros no dia 17
agência brasil

Brasília. A presidente Dilma Rousseff (PT) anunciou seis nomes para ocupar cargos de ministro na tarde de ontem. A nomeação faz parte do andamento da reforma ministerial para o último ano de mandato. A posse dos novos titulares acontecerá na próxima segunda-feira, às 10h.

As nomeações acontecem em meio a uma crise da Câmara dos Deputados, gerada pelo PMDB, com o Planalto, que impôs duas derrotas ao governo nesta semana. O partido pleiteava aumentar o seu espaço na Esplanada dos Ministérios com as novas indicações. Mas apenas manteve os ministérios da Agricultura e do Turismo.

A novidade é a indicação do gerente de assessoria internacional do Sebrae, Vinicius Nobre Lages, para o Ministério do Turismo. Dilma resolveu escolher o nome para a pasta depois que Ângelo Oswaldo, do PMDB de Minas Gerais, preferido por ela, não foi bem recebido pela cúpula do partido. Ele substituirá Gastão Vieira, que deixa a pasta para disputar as eleições.

A presidente anunciou ainda a nomeação de Gilberto Occhi no Ministério das Cidades, na cota do PP; Clélio Campolina Diniz, reitor da UFMG, no Ministério de Ciência e Tecnologia; o ex-presidente da Petrobras Biocombustível e ex-ministro Miguel Rossetto para o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Já o senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) assumirá o Ministério da Pesca e Aquicultura e o secretário de Política Agrícola, Neri Geller, assumirá o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Deixam os cargos os ministros Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário), Aguinaldo Ribeiro (Cidades), Marcelo Crivella (da Pesca e Aquicultura), Marco Antonio Raupp (Ciência, Tecnologia e Inovação), Antônio Andrada (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e Gastão Vieira (Turismo).
De acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), a presidente Dilma agradeceu a dedicação e o empenho dos seis ministros que estão saindo e disse que eles continuarão contando com seu apoio e confiança.

Esta é a segunda etapa da reforma ministerial, iniciada por Dilma há pouco mais de um mês. Gleisi Hoffmann, Alexandre Padilha e Helena Chagas saíram, respectivamente, da Casa Civil, da Saúde e da Secretaria de Comunicação Social (Secom). Aloizio Mercadante assumiu o lugar de Gleisi e foi substituído na Educação por José Henrique Paim. Já a pasta da Saúde foi ocupada por Arthur Chioro, e Thomas Traumann assumiu a Secom.

Mais ataques entre PT e PMDB

Brasília. PT e PMDB, os dois maiores partidos da coalizão de apoio ao governo federal, mantiveram ontem o clima de animosidade que tem marcado a recente rebelião contra Dilma Rousseff (PT) no Congresso Nacional.

Agora, um acusa o outro de fisiologismo ou mais diretamente, de promover o "toma lá, da cá" na administração pública. Porta-voz do motim que aplicou derrotas a Dilma na Câmara nesta semana, o líder da bancada do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), rebateu declarações d o presidente do PT, Rui Falcão.

Segundo o petista, que não citou nomes, Dilma tem sido vítima de chantagem e da tentativa de "toma lá, da cá" por parte de partidos aliados. "É lamentável que ele (Falcão) fale isso desses partidos todos e, ao mesmo tempo, os chame para oferecer cargos", disse Cunha.

Após as reuniões com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, PP, Pros e PDT deixaram de participar do "blocão" montado na Câmara sob a liderança do PMDB, que de início reuniu nove partidos, oito governistas. Com a recente debandada, cinco legendas permaneceriam PMDB, PR, PTB, PSC e o oposicionista Solidariedade.

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB), disse que a bancada do partido na Casa não participou da discussão para indicar nomes para a reforma, mas que o Planalto fez "boas escolhas".

Kassab diz que espera fim da crise

Ribeirão Preto. O presidente nacional do PSD e ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab disse ontem esperar que a crise entre o governo e o Congresso seja diluída "o mais rápido possível".

"Vejo que existe uma tensão no Legislativo. Espero que as divergências, esse estresse, possam ser diminuídos bastante. Espero que haja um entendimento de todas as forças.

Da oposição e dos coligados da situação", disse Kassab. PT e PMDB, os dois maiores partidos da coalizão de apoio ao governo federal, mantiveram ontem o clima de animosidade que tem marcado a recente rebelião contra o governo Dilma Rousseff no Congresso.

Apesar disso, na noite de terça-feira (11), 21 dos 34 parlamentares do PSD apoiaram a criação de uma comissão para investigar as denúncias de corrupção na Petrobras, ajudando a impor mais uma derrota ao governo federal.

"O partido deu liberdade para os parlamentares votarem de acordo com suas convicções", afirmou Kassab.

Questionado se essa briga política é prejudicial ao país e poderia contribuir ainda mais para o travamento de votação de importantes projetos para o Brasil, o ex-prefeito paulistano disse apenas que "é importante que haja convergências nas ações".

Fonte: Diário do Nordeste

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