quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Confiança se amplia em janeiro

                                                                     

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A pesquisa da CNC ainda identificou que houve piora na avaliação sobre o acesso ao crédito e na compra de bens duráveis
FOTO: ELLEN FREITAS

Rio. A disposição do brasileiro ao consumo registrou ligeiro aumento na passagem de dezembro para janeiro, mas houve piora na avaliação sobre o acesso ao crédito e sobre a compra de bens duráveis. Ambos os quesitos atingiram o pior nível da série histórica da Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias, divulgada ontem, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A intenção de consumo das famílias (ICF) registrou alta de 0,2%, na comparação com dezembro, para 119,7 pontos, acima da zona de indiferença (100,0 pontos), patamar considerado favorável. Apesar da melhora, o resultado é 8,6% inferior ao de janeiro de 2014. "Houve piora na confiança entre as famílias com renda de até dez salários mínimos. O mercado de trabalho não está mais tão favorável, e isso atinge primeiro essa faixa de renda mais baixa", explicou Juliana Serapio, assessora econômica da CNC.

O nível de confiança das famílias com renda abaixo de dez salários mínimos recuou 0,3%, em janeiro, ante dezembro. Só houve melhora porque as famílias com renda acima de dez salários mínimos apresentaram elevação de 1,8%.

Desaquecimento

O aumento do custo do crédito e o alto nível de endividamento ainda motivam um desaquecimento na intenção de compras a prazo. O componente "Acesso ao crédito" registrou novamente queda de 0,6%, ante dezembro, para 123,4 pontos, voltando ao menor nível da pesquisa, iniciada em janeiro de 2010.

Já o item "Momento para duráveis" teve redução de 0,9%, na comparação com dezembro, para 97,2 pontos, também o menor valor da série histórica e abaixo da zona de indiferença. A tendência é de deterioração ainda maior nos próximos meses nesses dois componentes, diante do aumento do imposto sobre o crédito para pessoa física, anunciado pelo ministro da Fazenda.

Fonte: Diário do Nordeste

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