domingo, 18 de janeiro de 2015

Qualidade do serviço não segue reajuste de tarifas

                                                                                                                                       

Taxa de embarque tem aumento, mas a qualidade do serviço ofertado em Fortaleza não é satisfatória


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Fotos: Kid Júnior
Após três anos, as tarifas dos aeroportos serão reajustadas, conforme anunciou, na última quarta-feira (14), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Sofrerão aumento as taxas de embarque, conexão, pouso, permanência, armazenagem e capatazia. Destas, a taxa de embarque é a única paga pelos passageiros. No Aeroporto Internacional Pinto Martins, o aumento foi de 14,2%, saltando de R$ 21,57 para R$ 24,64. Já a taxa de embarque internacional passou de R$ 38,19 para R$ 43,61. A qualidade dos serviços prestados aos usuários, no entanto, ainda deixa muito a desejar.

Banheiros sujos, iluminação insuficiente, escadas rolantes e elevadores frequentemente quebrados, calor, preços exorbitantes cobrados na praça de alimentação, muriçocas, insegurança e ausência de profissionais para prestar orientação estão entre as queixas citadas por usuários e funcionários do Aeroporto Pinto Martins. Quem vê a grandiosidade do equipamento por fora se decepciona ao deparar-se com a estrutura interna, reduzida e com instalações precárias.

"Para Fortaleza, o aeroporto está muito aquém do desejado. Perdemos para cidades menores", diz uma funcionária que preferiu não se identificar. Ela conta que a quantidade reduzida de lojas e de locais para comer é outra reclamação recorrente. Das que restam, muitas estão fechando. Só nesta semana, foram duas. "Há poucas opções e os que têm são caros", critica.

Descumprimento

Apesar das placas indicando que é proibido crianças brincarem nos carrinhos de bagagens, a prática facilmente pode ser vista. "A gente vê coisas erradas direto, mas como não tem ninguém para fiscalizar, não podemos fazer nada", comenta a funcionária.

Ela acrescenta que ar-condicionado praticamente não há. "Tem dias que a gente só falta morrer de tão quente e abafado. O banheiros são poucos e vivem sujos, qualquer movimentação maior já cria fila. Falta assento para as pessoas sentarem e local para carregar o celular. Muriçoca é outro problema", complementa um outro funcionário.

Em nota, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) esclarece que o sistema de climatização do aeroporto, bem como todos os seus subsistemas, como escadas rolantes, elevadores, esteiras de bagagem e pontes de embarque, funcionam 24 horas por dia e, além disso, dispõem de equipe técnica especializada que realiza a manutenção e verificação diária, para garantir que eles funcionem de maneira adequada.

A Infraero afirma, ainda, que existe uma programação de manutenções preventivas executadas em todo o sistema, visando garantir a perfeita operacionalidade e o máximo tempo de disponibilidade do mesmo.

Sobre os valores praticados pelos concessionários na praça de alimentação, a Empresa informa que tem buscado iniciativas para atender às necessidades dos usuários em relação ao "mix" comercial disponível nos aeroportos e estimular a concorrência.

"Apesar de não poder interferir nos preços praticados por seus concessionários, a Infraero tem buscado soluções inovadoras, como a implantação de vending machines e de lanchonetes de preços controlados, que desde o seu edital já tabela os valores de 15 itens a ser comercializados", diz a nota. Em Fortaleza, no entanto, a medida ainda não foi colocada em prática.
Insatisfação

Estrutura deixa a desejar
Banheiros sujos, iluminação insuficiente, escadas rolantes e elevadores frequentemente quebrados, calor, preços exorbitantes cobrados na praça de alimentação, grande quantidade de muriçocas, insegurança e ausência de profissionais para prestar orientação estão entre as queixas mais citadas por usuários e funcionários do terminal de passageiros do Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza. Outra reclamação é quantidade reduzida de lojas para serviços e alimentação.

Das que restam, muitas estão fechando. Lá, é proibido crianças brincarem com os carrinhos, mas não há fiscalização

Luana Lima
Repórter

Fonte: Diário do Nordeste

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